HELIO FERNANDES -
Os bancos estão livres para cobrem o que bem
entenderem. Quem podia autorizar? O governo, lógico, que pode tudo. Para fingir
que controlam o “mercado”, estipularam esse limite que está no título. Vou
repetir para que bem claro: mais de 43 por cento, anuais.
E não é apenas no Brasil. A crise dos EUA, que
começou em 2008, antes da eleição (e a posse de Obama) ainda arruína uma parte
importante do mundo. Como começou? Mais de 5 mil bancos imobiliários fizeram
empréstimos milionários, sem qualquer garantia, segurança. Para eles o que
interessava era o lucro e a certeza de que receberiam os milionários bônus
anuais. O governo teve que “socorrer” os bancos, que não perderam nada. Os
cidadãos que “tomaram” os empréstimos, perderam tudo incluindo os imóveis que
compraram.
Os donos
de bancos roubam os próprios bancos
O presidente do BVA sofreu intervenção do Banco
Central, O fato só era conhecido pelo “mercado”. Agora, os repórteres David
Friedlander e Julio Wiziack, desvendaram tudo e desmascararam o presidente. E
se chama Ivo Lodo, que pelo nome não se perca.
Os repórteres esmiuçaram e desvendaram tudo. E
constataram: nos 5 anos em que BVA está sob intervenção, recebeu 277 milhões.
Pagamento feito por quem se não havia mais banco, presidência, serviços e
prestar e receber. Devia ser preso e mais importante: devolver pelo menos 277
milhões, fora o resto.
A
indenização dos bancos saiu de pauta
Centenas de milhares de pessoas,
cidadãos-contribuintes-eleitores esperam suas indenizações. Alguns há quase 30
anos, foram roubados pelos Planos Sarney, Verão e Bresser e mais e mais.
Outros, menos tempo, 14 anos, Collor 1 e 2. Em qualquer país do mundo isso
exigiria ou provocaria providencias drásticas a favor dos prejudicados.
No Brasil é exatamente o contrário. Os bancos que
enriqueceram com o dinheiro da coletividade ganharam fortunas, não querem
pagar, e ainda fazem terrorismo. Retumbam e são apoiados por órgãos de
comunicação: “se tivermos que pagar o país ira a falência”.
Bancos
assaltantes e arrogantes
Não quero nem recorrer ao lugar comum atribuído a
Lenine e completando 100 anos: “assaltar um banco não é muito diferente de fundar
um banco”. Esses banqueiros que tem que pagar começam a colocar a dívida em 700 bilhões, por isso
recorrem á ameaça da falência. Mas quando os processos chegam ao Supremo, mais
tranquilos, reformulam o pagamento das indenizações em 150 bilhões, não vão
pagar mesmo.
O Banco Santander: O melhor
representante do sistema bancário
È
irreversível, imperdível, inalienável, irrevogável, inaceitável, falido no
exterior, aqui bota banca.
Se julga tão
importante, que hostiliza até o presidente, mesmo ou principalmente mulher. O
que o Santander falou sobre Dona Dilma, (nem quero defendê-la), não pode ser
colocado como “liberdade de expressão” e sim como “abuso do poder”. Não dela,
mas do banco, que controla, domina e comanda o sistema e todas as suas vielas.
O Supremo pediu vista das
indenizações, quer dizer, não haverá pagamento algum
Esse
interminável processo finalmente chegou ao órgão maior da magistratura. Mas não
foi nem será julgado. Nenhuma acusação aos ínclitos magistrados, apenas
acreditaram nos bancos através da Febraban, não querem a falência do país. Não
pediram vista para retardar a ação, consideram que a queda da ação dos bancos,
não servirá ao cidadão diretamente, ele será atingido indistintamente.
A Punição ao Santander e a outros
Esse banco
não pode ficar impune. Na impossibilidade de punir executivos, pelo menos a
empresa tem que pagar. Nem é complicado. Basta limitar a cobranças de juros,
principalmente nos cartões de crédito, na inadimplência forçada pelos juros
colossais e no crédito especial.
Dona Dilma
pode assinar um decreto “urgente-urgentíssimo”, como está na Constituição,
determinado: “Nenhum banco pode receber juros de mais de 180 por cento ao ano”.
Nessas três modalidades, chegam a ultrapassar os 250 por cento. Proibi-los já
significaria uma boa ação.
PS- A
Eletrobras, controlada pelo governo, deve muito á Petrobrás. Controlada pelo
governo, a Petrobras precisa receber com urgência. Controlando o Banco do
Brasil e o BNDS, Dona Dilma faz empréstimo á Eletrobrás, para que pague a
Petrobras.
PS2- Quem
pagará aos bancos, controlados pelo governo? O cidadão-contribuinte-eleitor,
está ligeiramente desconfiado, que já pagou por tudo isso. Agora pagará pelas
dívidas. Com juros.
PS3- Um dos pontos que os adversários de Dona
Marina irão explorar: a participação na campanha dela, e de uma bilionária
herdeira do Itaú. Não sei como farão, mas é certíssimo que farão, estão
desesperados.