Por Nelson Rodrigues Filho - Via Rede Democrática -
O que faz um jogador como o Zidane dar uma cabeçada no peito de um
adversário numa Copa do Mundo com espectadores de todo esse planeta, aos
milhões, estupefatos, assistindo? O que levou o Luizito Soares, que já
era um nome nesta copa, vivendo uma senhora consagração a partir dos
dois gols contra a Inglaterra, morder um jogador italiano?
Não dá para entender. Em ambos os casos,
eles eram destaques absolutos em seus times, com um poder de influência
muito grande sobre seus companheiros.
A França perdeu com a expulsão e acabou
perdendo nos pênaltis (ele era nome certo na lista dos cinco primeiros
batedores) e foi eliminada da competição. A cabeçada não foi devidamente
explicada.
O Uruguai perdeu o jogador que muda a
qualidade de sua equipe. Ganhou a partida eliminando a Inglaterra, mas
está completamente comprometido com a perda.
De um time já candidato fortíssimo a seguir adiante, virou uma zebra daqui pra frente.
A punição, fortíssima (nove jogos e quatro meses) tira o jogador desta copa, de jogos da Liga da Inglaterra e da Copa América.
Uma pergunta ficará para sempre. A troco de que, com que objetivo, a mordida? A resposta só pode ser uma:
Uma vez vampiro, sempre vampiro.
O que não entendo nessa história, além de achar algo excessivo o tempo e o número de jogos, é a multa pecuniária.
Mas que o Uruguai deixou de ser um candidato a voos maiores, podem apostar.
Voltando à bola, Messi enfiou mais dois
gols numa partida muito boa de se ver, com vários momentos de
alternância entre o que atacava e quem passou apertos, como, aliás, o
placar de 3X2 nos informa.
A Nigéria ficou em segundo. Era melhor que Bósnia e Irã.
França e Suíça confirmaram o
favoritismo. O Equador, o único sul americano a não se classificar,
valeu por sua torcida que rivalizou com a francesa em alegria, marca
registrada desta copa. Foi um 0X0 dinâmico, com mais de 73 mil
espectadores.
Portugal tentou, fez 2Xi faltando menos
de quinze minutos para o final, e o Cristiano Ronaldo, que se movimentou
bem, fez um e perdeu três gols, que poderiam ter mudado tudo, na cara
do goleiro. Não era o dia.
Queria que Portugal tivesse passado, mas
o time é ruim. ‘Muitos passes errados e lançamentos horríveis. Ainda
assim, foi melhor que Gana que precisava da vitória.
A brava Argélia se juntou à Bélgica numa partida emocionante. Brigou muito para, numa bola parada, conseguir seu gol de empate.
Uma página especial desta copa a emoção dos jogadores e torcedores argelinos pela classificação.
