ALCYR CAVALCANTI -
Faltam apenas doze rodadas para o final do Campeonato Brasileiro em sua versão 2018, o título ainda está indefinido com quatro clubes na luta pela taça e principalmente pela premiação de alguns milhões. São Paulo, Palmeiras, Internacional e Flamengo até agora depois de vinte e seis rodadas são os que tem mais chance de conquistar o tão cobiçado troféu. Mas o Grêmio de Renato Gaúcho embora esteja mais focado na Libertadores pode chegar lá. Do outro lado da tabela Paraná está praticamente rebaixado, enquanto que um grupo luta desesperadamente para não cair. Neste grupo estão incluídos Chapecoense, Vitória, Ceará, Bahia e dois cariocas Botafogo e Vasco que tem tido atuações medíocres que desonram suas tradições. O Flamengo em mais uma atitude de desespero após a eliminação da Copa do Brasil demitiu Maurício Barbieri e contratou para salvar a pátria Dorival Jr. O rubro negro carioca investiu em contratações para conquistar títulos, mas até agora já competiu em três e perdeu todos. Para o Flamengo só resta o Campeonato Brasileiro.
O Brasileirão é um torneio de "tiro longo" principalmente em ano de Copa do Mundo com uma interrupção de mais de um mês e a concorrência de várias competições simultâneas que na prática atrapalham o campeonato e afastam os torcedores dos estádios, agora transformados em arenas. Na prática, no dia a dia dos clubes a tendencia é o lucro máximo, não importa o preço. Treinadores são demitidos após mais de três derrotas sucessivas, jogadores recém saídos dos juniores são vendidos para quem oferecer mais, e dirigentes que não têm o mínimo apreço (nem digo amor) pela camisa de seu clube, contratam jogadores em fim de carreira ou lesionados pagos a peso de ouro em uma estranha negociata, para completar elenco a toque de caixa. Torcedores são afastados dos jogos, em virtude de tabelas mal feitas, do desinteresse dos dirigentes que pouco se preocupam com seus clubes, apenas procuram encher os bolsos de dinheiro. O futebol atual está nas mãos de empresários e dirigentes que se autointitulam economistas transformando os clubes em um mero negócio. Infelizmente o futebol brasileiro e o carioca em especial está perfeitamente inserido no sistema capitalista e só visa o lucro.Neste contexto pouco importa se os estádios ficam vazios ou cheios, o que interessa é a transmissão televisiva que no Brasil por um estranho fenômeno fica nas mãos de uma só emissora que coloca os jogos em horário que só a eles convém com o beneplácito das federações estaduais e principalmente da Confederação Brasileira de Futebol-CBF que tem como currículo, um presidente preso, um outro sob suspeita que não pode nem sair de casa e um ex-presidente sob suspeição. Em uma época em que tanto se fala (mas pouco se pratica) de ética a CBF é um desserviço ao futebol penta campeão mundial, que agora vive à míngua sendo eliminado em todos os torneios mundiais em que participa.
