HELIO FERNANDES - atualizado às 14h55 -
Os dois estão ansiosos. Temer considera que entregou todos os poderes ao antigo presidente do BC de Lula. Chamou-o para um encontro terça feira.
Agora falou com Moreira Franco que deveria ter sido mais rápido. Por sua vez, Meirelles praticamente não dorme. Não consegue formar a equipe. Ainda não sabe quem será o presidente do BC. Os primeiros da sua preferência, perguntaram: "Quanto tempo vai durar esse governo?"
Não soube responder, não tem intimidade com o presidente para perguntar. Acredita que ele também não saiba responder. Temer insiste: "Só falarei depois de ser eleito". (Chama isso de eleição). Mas manda recados, verdadeiras ordens, usando os autorizados Jucá e Moreira Franco.
Reeleição
Na tentativa e no desespero de conseguir formar um governo, de conquistar a confiança que não tem, vai prometendo e garantindo tudo. É o caso da sua permanência no Poder. Diz a Aécio e Serra, "não serei candidato em 20018". Não acreditaram, voltou: "Assinarei até emenda constitucional, acabando com a reeleição, começando comigo".
O pessoal do PSDB vibra e se esquece: FHC, o único presidente do partido que foi presidente da Republica, comprou a reeleição, criou toda esta confusão, tumulto e a falcatrua do impeachment.
PS- Tenho tratado com a importância que merece, essa divida colossal, que agora simplesmente é chamada de publica. Que cresce espantosamente. Em março escrevi: está oficialmente em 2 trilhões, 650 bilhões. No final deste tenebroso 2016,deverá estar perto de 3 trilhões. O Tesouro informa: a divida publica atingiu o total de 2 trilhões,880 bilhões, praticamente IMPAGÁVEL, como coloquei no titulo principal.
PS2- Na língua portuguesa,a palavra tem dois sentidos. É o impossível de ser pago. Mas IMPAGÁVEL é também um fato tão engraçado que provoca enormes gargalhadas.Temer prefere a segunda por motivos óbvios.
Não demorou muito. O partido tem 4 "donos," todos concordaram. Aécio, Alckmin, Serra e FHC, este por ter sido presidente. Aécio resistiu mais, pelo fato de ter 4 ações no TSE, pedindo a cassação da chapa Temer - Dilma. Perguntava, que eu faço? Respondiam: você não vai ocupar cargos, é presidente, pode dizer que foi pressionado.
Concordou, achou razoável Alckmin afirmou: não vetarei ninguém, estive com o Temer a, semana passada, encontro agradável, sem política.
O governador é candidato em 2018. Sabe que não será escolhido, tem acordo presidenciável com o PSB, que pensa que é socialista. Ontem, numa entrevista a uma televisão sem muita audiência, fez a proposta de previas. Acrescentou: "Como nos Estados Unidos". Serra não liga para ninguém.
Começou como Ministro da Fazenda, passou para Saúde ou Educação. Agora é citado para Relações Exteriores com Aluízio Nunes Ferreira e Sergio Amaral. Haja o que houver, será Ministro. Finalmente FHC. Quando Aécio era candidato, em 2014, revelei, que ele iria para a ONU.
Saindo do encontro com Temer, Aécio foi encontrar com o ex- presidente. Perguntou: você ainda tem aquela idéia de ir para a ONU? Resposta até meio irritado: não é idéia, posso dar uma grande colaboração, e destruir o que a presidente Dilma deixou por lá. Despedida, "estamos entendidos". Será conclusivo?