3.10.16

OS GOLPISTAS VENCERAM: ASSIM COMO ALCKMIN, DÓRIA SE ELEGEU NO PRIMEIRO TURNO!

EMANUEL CANCELLA -

“...foi eleito para o segundo turno da prefeitura de Curitiba o candidato Rafael Greca que declarou: "Nunca cuidei dos pobres... Até porque a primeira vez que tentei carregar um pobre 'pra' dentro do meu carro eu vomitei por causa do cheiro..."


Geraldo Alckmin se elegeu no primeiro turno para o governo do estado de São Paulo, em 2014, em pleno auge da crise hídrica, devidamente malocada pela mídia. E agora, numa vitória inesperada, em primeiro turno, sem nenhum confronto, Alckmin elege Dória, com um discurso antipolítico, na verdade um apresentador de programas para os ricos e sem audiência.

Seria bom pedir explicações ao ministro do TSE, Gilmar Mendes:

...”Os votos em branco, nulos e as abstenções (eleitores que não compareceram à votação), somaram 3.096.304. Doria obteve um total de 3.085.187 votos. Esta foi a eleição na capital paulista com o maior índice de abstenções, brancos e nulos das últimas seis eleições municipais” (4)...

Vale lembrar que o prefeito Fernando Haddad não teve sossego para governar, um minuto sequer. Um exemplo foi a construção de ciclovias, que é uma unanimidade, mas em São Paulo era motivo de todo tipo de critica na mídia e de ações na justiça.  Enquanto que, no Rio e em outras cidades, elas são bem vindas, as de Haddad eram só criticadas.

Os golpistas articulados, mídia, justiça, TSE e MPF, derrotaram fragorosamente o PT. A Lava Jato foi o maior cabo eleitoral dos golpistas na derrocada do PT, nesta eleição municipal. Agindo agora, perto das eleições municipais, começou com a denúncia contra Lula, de forma inédita, ao vivo na TV, que conclui com o absurdo: “Não tenho provas, mas convicção que Lula é o comandante máximo da corrupção na Petrobrás”. Ninguém pode acusar outra pessoa sem provas, muito menos um procurador e menos ainda na televisão!

Depois veio a prisão dos ex-ministros de Lula, sempre baseadas em suposições: Guido Mantega, Antonio Palocci e Paulo Bernardo. A mídia, como numa ‘boca de urna’ contra o PT, repercutiu as prisões dos petistas, a todo minuto, até a votação.

Enquanto isso, os golpistas (mídia, MPF, justiça) jogavam para baixo do tapete as denúncias contra Alckimim referente ao desvio de R$ 40 milhões do dinheiro das merendas,  que viraram até faixas nos estádios de futebol (5). Como também o pagamento aos governos tucanos, inclusive no de Alckmim,  no escândalo de propina de 34 milhões de francos franceses, no metrô, envolvendo a multinacional francesa, Alstom (1).

Eles sempre fazem isso, em 2014, o TSE que proibiu, mas não impediu, a divulgação de mais um vazamento seletivo e criminoso da Lava Jato, às vésperas das eleições, na denúncia mentirosa de que Lula e Dilma saberiam da corrupção na Petrobrás. Até o  advogado do delator, Antonio Augusto Figueiredo Basto, desmentiu a informação que seu cliente, Alberto Youssef (2).

Alckmim, sem qualquer marca de programa social, ou de avanço na relação com a sociedade e trabalhadores, é o mais provável candidato tucano à eleição de 2018. A exemplo de Dória os tucanos nem precisam de nenhuma bandeira  de campanha eles contam com o apoio incondicional da justiça, MPF, PGR, TSE, mídia e Lava Jato.

O povo, para os golpistas, sempre foi apenas massa de manobra!. Aliás foi eleito para o segundo turno da prefeitura de Curitiba o candidato Rafael Greca que declarou (3): "Nunca cuidei dos pobres, não sou São Francisco de Assis. Até porque a primeira vez que tentei carregar um pobre 'pra' dentro do meu carro eu vomitei por causa do cheiro".

O PT, que criou a maior rede de proteção social para os pobres, como Bolsa Família, Bolsa Esporte, Fies, Prouni, Minha casa minha vida, Mais Médicos,  entre outros, foi derrotado.  E a maioria pobre elege candidatos das elites, como em São Paulo, na maior metrópole do país, e, em Curitiba, um prefeito que vomita com cheiro de pobre!

Será que o presidente a ser eleito e 2018 vai ser como  o personagem de Chico Anysio, Justo Veríssimo: “ Eu quero que o pobre se exploda!”?

Fonte:

*Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).