Por THAIS ARBEX - Via AE -
Pivô de denúncias envolvendo
Aldemir Bendine, atual presidente da Petrobrás, a socialite e
apresentadora de TV Val Marchiori nega ter sido beneficiada pelo Banco
do Brasil "em suas atividades profissionais". "Jamais fui beneficiada
tanto na minha carreira artística, como nas demais atividades que
exerço", afirmou ela em nota divulgada em seu site. Nesta quarta-feira, o Estado
revelou que, na época em que era comandado por Bendine, o banco público
comprou anúncios na Rede TV! para serem exibidos no horário em que ela
participava de um quadro no Programa Amaury Jr.
Val, que em recente entrevista à coluna da Sonia Racy afirmou
conhecer Bendine apenas de eventos, voltou a negar ter sido beneficiada
pelo ex-presidente do BB em um empréstimo de R$ 2,7 milhões para a sua
empresa, a Torke Empreendimentos. "Repito: não recebi privilégio algum.
Como já exaustivamente demonstrado, a operação de financiamento da
empresa Torke foi contratada respeitando todos os procedimentos legais,
em linha com a atuação da empresa, operação essa de todo comum às
empresas do segmento e, por certo, realizada diariamente pela rede
bancária com inúmeros empresários.Tudo foi feito às claras. E o contrato
está sendo cumprindo rigorosamente."
Na
época, o empréstimo foi contestado por contrariar normas internas do
banco e atribuído a uma suposta amizade entre os dois. Bendine chegou a
colocar seu cargo no BB à disposição em novembro do ano passado.
Na
nota, Val não faz qualquer referência à carona que Bendine lhe deu em
um jato na época em que ele presidia o banco. A viagem foi relatada pelo
ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Toledo ao Ministério
Público Federal, em depoimento prestado em novembro do ano passado,
revelado na edição de anteontem do jornal Folha de S.Paulo. "Mostra-se
absolutamente despropositado atrelar a minha pessoa a um profissional de
carreira. Clamo aos leitores para que detectem o alvo final das
declarações infundadas que vêm envolvendo indevidamente a minha pessoa
e, obviamente, me prejudicando.Sou brasileira e, portanto, devo ser
tratada em igualdade com todos os brasileiros. Sou trabalhadora e como
tal tenho o direito de exercer as minhas atividades livremente, dentro
das regras, cumprindo com os meus deveres."