MIRANDA SÁ -
Está em todas as cabeças, como numa rede telepática, o repúdio às
falsas representações sindicais que contrariam a concepção original dos
sindicatos de trabalhadores. Ou seja, já não é a ocupação profissional
que necessita de um sindicato representativo, mas são os espertalhões ou
grupos de aproveitadores que criam sindicatos de fachada para obter
vantagens pecuniárias ou políticas.
Houve tempo em que os sindicatos eram respeitados e era uma questão
de honra para o trabalhador se sindicalizar. Era uma organização
corporativa que vinha de longe; o próprio nome vem do grego “syndicos”,
“defensor da justiça”.
Como representação dos produtores, atravessou os séculos e tornou-se
uma ideologia na Europa medieval, o “sindicalismo”; esta, com a
revolução industrial no século XVIII e o advento do capitalismo casou-se
com o anarquismo, nascendo destas núpcias o anarco-sindicalismo.
As lutas anarco-sindicalistas contra o autoritarismo estatal, o
despotismo e a dominação do capital conquistaram grande influência junto
ao proletariado e orientaram a I Internacional. Os anarquistas foram
derrotados pelos comunistas no século XIX e duplamente derrotados pelo
fascismo no século XX…
O movimento comunista usou os sindicatos; o fascismo criou o
“sindicato estatal” – de trabalhadores e patrões. Esse modelo superado é
o que existe no Brasil, o paraíso dos pelegos e trampolineiros
políticos. O órgão social que deveria defender os interesses de uma
coletividade, passou a ser um papa-níquel dos safados e trampolim
eleitoral dos politiqueiros.
O próprio governo federal neste País tornou-se um Sindicatão
Fascista, e, contraditoriamente, levou o sindicalismo como forma de
organização social à degenerescência imprimindo a dependência política e
financeira dos sindicatos pelo imposto sindical compulsório.
A cobiça dos larápios incentivada pelo PT e seus satélites é tantaque
teve ocasião do Ministério do Trabalho registrar um sindicato por dia.
Para quê? Para servir ao PT-governo, como se viu recentemente com as
tropas de choque da CUT e da FUP uniformizadas, atacando manifestantes
contra a corrupção na Petrobras.
Este episódio, ocorrido na calçada da ABI, nos leva aos primeiros
anos do fascismo com Mussolini, os “fasci di combattimento” e defendendo
que fossem armados, transformou-os em “esquadras de ação”.
Raciocinemos: Quando Lula da Silva ameaça seus opositores com o
”exército de Stédile”, não é uma caricatura de Mussolini?
Depois de passar um período escondido, amedrontado em ser envolvido
nas falcatruas que arrasaram a Petrobras, falando aos “intelectuais” do
partido, foi peremptório (e tenho a gravação): “(Nós) sabemos brigar.
Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas”.
Que é que é isso, minha gente? Alô serviços de inteligências das
Forças Armadas e das polícias militares! Já haviam denúncias de
treinamento de guerrilha promovido pelo MST, mas nunca tivemos uma
prova. Agora é testemunhal.
Há no Brasil um exército paralelo, organizado pelo braço camponês do
PT para defender o assalto ao Erário e assassinar a Democracia. Antes
fosse para defender a nossa soberania, guardar as fornteiras contra o
contrabando de armas e drogas, mas é o contrário, apenas para garantir o
narco-populismo corrupto e corruptor.
Essa agora! Primeiro transformaram os sindicatosem empresas de
rendimentos e resultados, sem favorecer os trabalhadores e muito menos a
população. Depois, estimularam os “sem-sem” para formar com os lupens,
desempregados crônicos e drogados, esquadras de ação armada;
Minha intuição kantiana (anschaulich) leva-me a acreditar que este
festim licencioso da República dos Pelegos terá urgentemente um fim. É
claro que depende de nós organizarmos a reação para acabar com a
subversão da ordem pública institucionalizada por um governo e um
partido desacreditados.
Se não reagirmos – e tudo pode começar no dia 15 de março –
entraremos para a História como uma Nação que permitiu a implantação um
regime burocrático-policial a serviço no narcotráfico e do crime
organizado, sob a capa de um Sindicatão Fascista.