Via ESPN -
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Anderson Silva é o décimo lutador de MMA a ser flagrado pelo uso de Drostanolona. |
Na audiência realizada nesta terça-feira pela Comissão Atlética do
Estado de Nevada (NSAC), ficou definido por unanimidade a suspensão
temporária de Anderson Silva, pego no exame antidoping duas vezes em
três testes no mês de janeiro (uma antes da luta contra Nick Diaz no UFC
183 e outra no dia do evento) pelo uso de anabolizantes.
Anderson Silva não apareceu na audiência e foi representado por seu
advogado, que por participação por telefone, teve seu pedido aceito pela
NSAC, que adiou a decisão até a próxima reunião, no mês de março.
A
NSAC confirmou oficialmente nesta terça que Anderson Silva testou
positivo no exame antidoping por uso de drostanolona, um anabolizante,
após a luta do UFC 183, contra Nick Diaz, que marcou a volta de Spider
ao octógono depois de mais de um ano se recuperando de uma lesão na
perna.
O uso de drostanolona foi detectado no exame surpresa de
urina também no dia 9 de janeiro. O teste feito através da coleta de
sangue de Anderson Silva não apontou a irregularidade pela mesma
substância, mas sim pelo uso de benzodiazepina.
Além do
anabolizante, o brasileiro também foi flagrado com remédios
ansiolíticos, famosas medicações para dormir, Oxazepam e Temazepam, o
que complica ainda mais a situação do ex-campeão do UFC.
Após a
luta contra Diaz, em 31 de janeiro, foi divulgado o resultado do teste
em 9 de janeiro, que apontou o uso de drostanolona e androsterona. Um
novo exame, feito em 19 de janeiro, disse que Spider estava "limpo".
Anderson
Silva é esperado durante a audiência para dar sua versão dos fatos e
falar abertamente sobre o caso. Não se sabe se fisicamente ou por
telefone.
O combate contra Diaz deve ter o resultado anulado,
tirando a vitória de Spider e passando para um "no-contest". Anderson
Silva ainda deve pegar um gancho de um ano e pagar uma multa.
Relembre o caso
No dia 3 de fevereiro, a notícia do doping de Anderson Silva
veio à tona. O ex-campeão dos médios do UFC foi flagrado por uso de
metabólitos de drostanolona e androsterona, que foram encontrados no
exame de sangue do lutador, realizado pela Comissão Atlética de Nevada
(NSAC) no dia 9 de janeiro. O UFC 183, quando venceu Diaz, aconteceu em
31 de janeiro.
O Ultimate confirmou o doping do Spider no mesmo
dia, em um comunicado oficial. Nick Diaz também foi flagrado pelo uso de
maconha após a derrota para Anderson (o norte-americano também será
ouvido pela NSAC nesta terça-feira).
Um dia depois, em 4 de fevereiro, Claudio Dalledone, advogado e amigo pessoal do Spider, afirmou ao ESPN.com.br que
estava procurando uma equipe de juristas nos Estados Unidos para ajudar
na defesa do lutador. O motivo é que os advogados brasileiros não são
autorizados a atuar fora do país.
Ainda dia 4 de fevereiro, uma declaração enviada
pelo empresário do lutador, Ed Soares, ao "MMA Fighting", dizia que
Anderson garantiu não ter utilizado nenhuma substância ilegal.
Porém,
no dia seguinte, o Spider se pronunciou pela primeira vez oficialmente,
em uma nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, e negou a autoria do comunicado enviado por seu agente. O lutador ainda disse: "Fiquem certos de que no momento exato irei me pronunciar e me posicionar".
Ainda
em 5 de fevereiro, o diretor executivo e laboratorial do Sports
Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL), Dr. Daniel Eichner,
laboratório que realizou o exame de Spider, afirmou que, quando os
resultados dão positivo, é necessário mais tempo para testes adicionais.
A declaração surgiu depois que muito especulou-se o motivo de o
resultado do doping do brasileiro ter sido revelado quase um mês depois
da data realizada.
Ainda em 5 de fevereiro, a notícia que surgiu foi que o pedido para testar a contraprova de Spider em outro laboratório acabou negado pela NSAC.
Bob Bennett, diretor executivo da entidade, afirmou que a equipe de
Anderson pediu para que a contraprova do exame realizado em 9 de janeiro
fosse realizada em um laboratório diferente do SMRTL, o que não foi
permitido.
Já no dia 7 de fevereiro, o Dr. Daniel Eichner voltou a
falar do caso e disse, em entrevista ao "SporTV", que não existe chance
de o exame realizado pelo ex-campeão dos médios apresentar erros.
Dois
dias depois, em 9 de fevereiro, foi divulgada a informação de que o
segundo exame antidoping de Anderson Silva, realizado em 19 de janeiro, deu que o lutador estava "limpo". O exame, que não é contraprova do primeiro, foi realizado no mesmo laboratório, o SMRTL.
Entretanto, a notícia não impediu o que muita gente já previa. Anderson Silva foi cortado do The Ultimate Fighter Brasil 4, e seu substituto como um dos treinadores no reality será Minotauro.
No
dia 12 de fevereiro, porém, a polêmica aumentou. O site "MMA Junkie",
um dos mais respeitados dos EUA sobre o esporte, divulgou que Spider foi pego em mais um teste antidoping, confirmado nesta terça.