18.2.15

Anderson Silva não aparece na audiência, e Comissão aprova por unanimidade suspensão temporária

Via ESPN - 

Anderson Silva é o décimo lutador de MMA a ser flagrado pelo uso de Drostanolona.
Na audiência realizada nesta terça-feira pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), ficou definido por unanimidade a suspensão temporária de Anderson Silva, pego no exame antidoping duas vezes em três testes no mês de janeiro (uma antes da luta contra Nick Diaz no UFC 183 e outra no dia do evento) pelo uso de anabolizantes.

Anderson Silva não apareceu na audiência e foi representado por seu advogado, que por participação por telefone, teve seu pedido aceito pela NSAC, que adiou a decisão até a próxima reunião, no mês de março.

A NSAC confirmou oficialmente nesta terça que Anderson Silva testou positivo no exame antidoping por uso de drostanolona, um anabolizante, após a luta do UFC 183, contra Nick Diaz, que marcou a volta de Spider ao octógono depois de mais de um ano se recuperando de uma lesão na perna.

O uso de drostanolona foi detectado no exame surpresa de urina também no dia 9 de janeiro. O teste feito através da coleta de sangue de Anderson Silva não apontou a irregularidade pela mesma substância, mas sim pelo uso de benzodiazepina.

Além do anabolizante, o brasileiro também foi flagrado com remédios ansiolíticos, famosas medicações para dormir, Oxazepam e Temazepam, o que complica ainda mais a situação do ex-campeão do UFC.

Após a luta contra Diaz, em 31 de janeiro, foi divulgado o resultado do teste em 9 de janeiro, que apontou o uso de drostanolona e androsterona. Um novo exame, feito em 19 de janeiro, disse que Spider estava "limpo".

Anderson Silva é esperado durante a audiência para dar sua versão dos fatos e falar abertamente sobre o caso. Não se sabe se fisicamente ou por telefone.

O combate contra Diaz deve ter o resultado anulado, tirando a vitória de Spider e passando para um "no-contest". Anderson Silva ainda deve pegar um gancho de um ano e pagar uma multa. 

Relembre o caso 

No dia 3 de fevereiro, a notícia do doping de Anderson Silva veio à tona. O ex-campeão dos médios do UFC foi flagrado por uso de metabólitos de drostanolona e androsterona, que foram encontrados no exame de sangue do lutador, realizado pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) no dia 9 de janeiro. O UFC 183, quando venceu Diaz, aconteceu em 31 de janeiro.

O Ultimate confirmou o doping do Spider no mesmo dia, em um comunicado oficial. Nick Diaz também foi flagrado pelo uso de maconha após a derrota para Anderson (o norte-americano também será ouvido pela NSAC nesta terça-feira).

Um dia depois, em 4 de fevereiro, Claudio Dalledone, advogado e amigo pessoal do Spider, afirmou ao ESPN.com.br que estava procurando uma equipe de juristas nos Estados Unidos para ajudar na defesa do lutador. O motivo é que os advogados brasileiros não são autorizados a atuar fora do país.

Ainda dia 4 de fevereiro, uma declaração enviada pelo empresário do lutador, Ed Soares, ao "MMA Fighting", dizia que Anderson garantiu não ter utilizado nenhuma substância ilegal.

Porém, no dia seguinte, o Spider se pronunciou pela primeira vez oficialmente, em uma nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, e negou a autoria do comunicado enviado por seu agente. O lutador ainda disse: "Fiquem certos de que no momento exato irei me pronunciar e me posicionar".

Ainda em 5 de fevereiro, o diretor executivo e laboratorial do Sports Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL), Dr. Daniel Eichner, laboratório que realizou o exame de Spider, afirmou que, quando os resultados dão positivo, é necessário mais tempo para testes adicionais. A declaração surgiu depois que muito especulou-se o motivo de o resultado do doping do brasileiro ter sido revelado quase um mês depois da data realizada.

Ainda em 5 de fevereiro, a notícia que surgiu foi que o pedido para testar a contraprova de Spider em outro laboratório acabou negado pela NSAC. Bob Bennett, diretor executivo da entidade, afirmou que a equipe de Anderson pediu para que a contraprova do exame realizado em 9 de janeiro fosse realizada em um laboratório diferente do SMRTL, o que não foi permitido.

Já no dia 7 de fevereiro, o Dr. Daniel Eichner voltou a falar do caso e disse, em entrevista ao "SporTV", que não existe chance de o exame realizado pelo ex-campeão dos médios apresentar erros.

Dois dias depois, em 9 de fevereiro, foi divulgada a informação de que o segundo exame antidoping de Anderson Silva, realizado em 19 de janeiro, deu que o lutador estava "limpo". O exame, que não é contraprova do primeiro, foi realizado no mesmo laboratório, o SMRTL.

Entretanto, a notícia não impediu o que muita gente já previa. Anderson Silva foi cortado do The Ultimate Fighter Brasil 4, e seu substituto como um dos treinadores no reality será Minotauro.

No dia 12 de fevereiro, porém, a polêmica aumentou. O site "MMA Junkie", um dos mais respeitados dos EUA sobre o esporte, divulgou que Spider foi pego em mais um teste antidoping, confirmado nesta terça.