EMANUEL CANCELLA -
A principal delas é jogar os brasileiros numa guerra para facilitar que os EUA roubem o petróleo da Venezuela. O mundo todo já sabe que os EUA só querem invadir a Venezuela porque ela detém a maior reserva de petróleo do Planeta, passando a Arábia Saudita (8).
Já em 2002, de olho no petróleo venezuelano, os EUA patrocinaram um golpe contra Hugo Chávez, que durou 47 horas (1). Chávez voltou triunfalmente nos braços do povo e os golpistas, alguns foram presos, e outros fugiram para Miami.
Chávez governou a Venezuela por 14 anos, de 1999 a 2013. Nenhum presidente se submeteu mais às urnas do que Hugo Chávez. Entretanto, como desculpa para atacar a Venezuela, os EUA o chamavam de ditador, o mesmo que fazem agora com Nicolás Maduro.
Os EUA, de forma triunfalista, já falavam em guerra nas estrelas, quando em 2001, no fatídico 11 de setembro, meia dúzia de árabes colocou os EUA de joelhos. Infelizmente com isso mataram vários inocentes, pois com aviões comerciais botaram abaixo as Torres Gêmeas, atacaram o Pentágono e um avião foi posto abaixo porque tinha como destino provável a casa Branca (5).
Bush, em 2003, invadiu o Iraque, mesmo contra resolução do Conselho de Segurança da ONU (9). Bush alegava que o Iraque possuía armas de destruição em massa e por isso tinha que ser invadido para o mundo dormir tranquilo.
Quando, na verdade, o pano de fundo da guerra era o petróleo, já que o Iraque possuía grandes reservas, 115 bilhões de barris, uma das maiores reserva de petróleo do mundo.
Assim o mundo assistiu, ao vivo, para mostrar o poderio americano, a uma chuva de bombas contra o Iraque, quando milhares de homens, crianças e mulheres morreram nesse ataque criminoso. Essa carnificina não mereceu destaque da imprensa mundial, muito menos o fato de não serem encontradas as armas de destruição em massa, argumento usado para invadir.
Adivinhe quem agora controla o petróleo do Iraque, após a invasão criminosa! Pois é, não é o povo iraquiano, mas sim a Halliburton, americana, cujo presidente é Dick Cheney (6,7)!
Coincidentemente, está disputando o Oscar, com 8 indicações, o filme Vice, que conta a história, na versão americana, claro, do vice presidente Dick Cheney, que governou os EUA junto com George W Bush. Entre outras farsas, o filme diz que o mundo não poderia dormir tranquilo sem ação de Bush e de Cheney (3).
Praticamente as mesmas forças, que apoiaram Bush no Iraque, apoiam Donald Trump na Venezuela, a única novidade é o Brasil, que sempre teve uma posição cautelosa e de negociação, agora se apresenta como protagonista do possível golpe na Venezuela.
Caso haja invasão, cuja ameaça não é coisa nova, vale lembrar que a Venezuela, há várias décadas, se prepara para uma guerra e agora ainda conta com apoio da Rússia e China, o que torna uma invasão mais complicada.
O poeta Bertold Brecht explica, em um poema, a ação dos árabes, que os EUA chamam de “terrorista”: "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas as margens que o comprimem."
Até quando Bolsonaro vai apoiar as cagadas de Donald Trump?
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