DANIEL MAZOLA -
Recebi um estimado colaborador desta Tribuna, o humanista de todas
as horas André Barros, o maior defensor de pobres e negros que conheço no Rio
de Janeiro, sempre o primeiro a chegar e o último a sair das delegacias em dias
de manifestações políticas na cidade, ajudando sempre quem mais precisa.
Quando ocupei a secretaria e a presidência da Comissão de
Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI) tive oportunidade de organizar diversas atividades e ações, entre as quais debates em
defesa da descriminalização e regulamentação das substâncias ilícitas, o principal desses colaboradores - de fora da entidade - foi e sempre será André Barros. Conversamos sobre o avanço que está ocorrendo
nos EUA e China em relação a indústria bilionária da maconha legalizada, e o
absurdo que ainda vivemos no Brasil, que insiste no modelo de “guerra aos
pobres”.
André Barros lembrou que o Estado, historicamente racista, por
meio dos governantes e parlamentares do sistema, e de seu braço militar e
jurídico, elege o “Tráfico” como sendo o mal a ser combatido na sociedade, e
baseia sua política de segurança pública no seu combate, contando com a
sustentação ideológica feita pela mídia hegemônica. Foi, e é por termos
governos com essas características que fomos um dos últimos países do mundo a
abolir a escravidão.
Seguimos vivendo por aqui o irresponsável cotidiano da
criminalização da pobreza, a proibição de substâncias ilícitas só amplia a
desigualdade social, a repressão, e a exploração da classe trabalhadora. Veja esse sensacional bate papo com o pré-candidato a deputado estadual, advogado da
Marcha da Maconha, vice-presidente licenciado da comissão de direitos humanos
da OAB-RJ, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros
e 3º suplente de deputado estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro.
Recomendamos, confira!