3.2.19

TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL SERÁ UM DOS MAIS PREJUDICADOS COM REFORMA

REDAÇÃO -


Os trabalhadores e trabalhadoras da construção civil serão os mais prejudicados se o Congresso Nacional aprovar a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para que homens e mulheres possam se aposentar, como quer o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Muitos vão morrer trabalhando”, diz o presidente da Federação Solidária da Construção da Madeira do Estado de São Paulo (FSCM), da CUT, Josimar Bernardes.

Segundo ele, os operários têm uma série de problemas de saúde decorrentes da profissão, se aposentam aos 40/50 por acidentes de trabalho ou outras doenças adquiridas em função das tarefas que executam e enfrentam longos períodos de desemprego.

“A maioria não consegue trabalhar até os 65 anos de idade. Muitos se aposentam por problemas que não são identificados como acidentes de trabalho, mas são problemas correlatos. A ergonomia na profissão é péssima. São problemas sérios de dores nas costas, hérnias de discos”.

“É praticamente impossível um trabalhador do setor se aposentar aos 65 anos”, ratifica o presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira filiados à CUT (Conticon), Claudio da Silva Gomes, o Claudinho. 

“É muito difícil um trabalhador da construção civil se aposentar por tempo de contribuição. Depois dos 40, no máximo 50 anos, ele vai fazer ‘bicos’ até chegar a idade de aposentadoria, já que não consegue emprego”.

Josimar lembra, ainda, para um dos maiores problemas da categoria, que é a alta rotatividade no emprego. Enquanto procura emprego, diz o dirigente, o trabalhador não contribui com o INSS. Com a idade mínima para se aposentar, diz ele, o pessoal da construção civil vai morrer trabalhando, como a CUT vem denunciando desde a tentativa do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) de aprovar a reforma da Previdência. “A idade mínima vai ser um desastre para nós”.


Fonte:CUT