Por PEDRO AUGUSTO PINHO -
Os participantes dos fundos de pensão, geridos pela Fundação Petrobrás de Seguridade Social – PETROS, foram surpreendidos, entre os dias 18 e 20 de dezembro, majoritariamente, com o recebimento de publicação, para a qual os recursos saíram de suas contribuições mensais, e cujas capa e contracapa estão abaixo.
A data da Edição Especial é “Outubro/2017”, o selo dos Correios indica ter sido realizada a postagem em 29/11/2017. Um mês após a data da publicação.
Mas o curioso é que os recebedores só tiveram conhecimento desta recente infâmia golpista após a passagem pela PETROBRÁS do juíz Sérgio Fernando Moro.
De acordo com o noticiário da UOL, de 08/12/2017
(noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/12/08/nao-e-aceitavel-que-moro-de-conselhos-a-petrobras-diz-defesa-de-lula.htm?cmpid=copiaecola), o magistrado teria proposto à Petrobrás “a criação de um canal interno de denúncias com compensação financeira por informações que levassem a resultados relevantes....”
Que país estamos vivendo, depois que os “poderes da república” se uniram para dar um golpe na vontade popular expressa nas urnas e não em pesquisas, como prevê a constituição? As letras minúsculas indicam o abastardamento da “magna carta” e dos poderes nelas constituídos.
Reproduzo o texto da contracapa.
“CANAL DE DENÚNCIA
A Petros agora tem uma ferramenta específica, que garante anonimato e sigilo absolutos, para denúncias de violação de normas internas e externas, como fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e violência no trabalho.
O Canal de Denúncia reafirma o compromisso com a ética e o aprimoramentos da governança.”
Vem-me imediatamente à lembrança os versos de Castro Alves:
“Mas é infâmia de mais! Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! Fecha a porta dos teus mares!”
Quase um século e meio separam este canto, da vilania da escravidão, para a infâmia da traição, pregada por Sérgio Moro.
Só períodos autoritários, onde os direitos civis, humanos, sociais estavam submetidos aos interesses de minúsculos morais e corruptos econômicos se tem notícia de sordidez semelhante.
Que dirão agora os que repudiaram filhos delatando pais, pais delatando filhos pela pressão de nazistas, de opressores de todas as ideologias?
O que tem a dizer os que bateram panelas para que caíssemos, nós brasileiros, conscientes, nacionalistas, nas garras destas baixezas golpistas?
Aproxima-se o Natal, data de renovação da fé, da união, do perdão. Espero o arrependimento sincero dos iludidos pelo Globo, pelas emissoras de televisão, que foram, qual patos amarelos, como bobos às ruas. E que, por penitência, voltem às ruas contra os golpistas, pela restauração dos poderes à legitimamente eleita.
E desejamos a punição, o pior Natal de suas vidas e de todos os que lhes são mais caros, aos que insuflam a vilania da denúncia, aos que promovem a entrega das riquezas nacionais, aos que por ação e omissão tiram o emprego, o remédio, a escola, o prato de comida de milhões de brasileiros para servir ao sistema financeiro, ao enriquecimento de acionistas estrangeiros, à ideologia envelhecida do colonialismo.
A Petrobrás onde trabalhei, foi a Petrobrás dos Leopoldo Américo Miguez de Mello, dos Haroldo Ramos da Silva, dos Hamilton Lopes, dos Jeconias Queiroz, de militares como o Marechal Adhemar de Queiroz e tantos outros já falecidos que construiram a maior empresa do Brasil. Não é dos Pedro Parente e deste ignoto Walter Mendes que é responsável (teoria do domínio do fato) pela publicação em causa.
* Via e-mail/Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado e católico revoltado com mais esta infâmia.