4.12.16

MANIFESTAÇÃO DE IDOLATRIA A FIGURAS QUESTIONÁVEIS ATRAI ELEMENTOS BIZARROS NO RIO [VÍDEO]

ROGER MCNAUGHT -


Domingo, 4 de dezembro de 2016. Em Copacabana, uma manifestação supostamente contra a corrupção atrai milhares de pessoas – muitas vestidas com a camisa da CFB que supostamente teria membros envolvidos em esquemas de corrupção.

Apesar de muitos ali alegarem estar contra a corrupção, era perceptível a idolatria cega a pessoas claramente tendenciosas – como juízes e políticos de extrema direita – outras ocorrências demonstraram essa postura viciada. Durante a leitura de nomes de parlamentares que votaram contra ou a favor o pacote de medidas anti-corrupção, um parlamentar de esquerda que se posicionou a favor do combate à corrupção foi vaiado. Essa atitude levantou sérios questionamentos sobre a real motivação dessas pessoas, se são realmente contra a corrupção ou se apenas se agarram nesta premissa para pregar ódio aos pensamentos progressistas e seus defensores.

Um dos carros de som, que pregava abertamente a intervenção militar atraiu muita atenção e também atraiu pessoas conhecidas, como uma ativista de extrema-direita que há poucos dias fazia greve de fome no centro do Rio.  Porém, o que chamou a atenção foi a presença de um ônibus da Marinha do Brasil próximo à manifestação e alguns manifestantes socializavam pela porta do veículo com quem estava dentro. O que um ônibus da Marinha fazia próximo à um grupo que pede intervenção militar?  Eis a pergunta que não quer calar.

Por fim, dentre para-militares, proto-fascistas e extrema direita, vimos que a corrupção para vários dos presentes não era nem de longe a real preocupação mas sim uma desculpa para uma demonstração de força que se não for coibida logo poderá ter consequências catastróficas.

Em um dos carros de som, o discurso era desqualificar qualquer manifestação de esquerda ou progressista, enquanto, segundo o orador, movimento social era na verdade movimento de sociedade de pessoas “de bem” e não de “esquerdopatas”.   Em outro, o orador incentivava a violência policial contra o “mimimi”.  Via-se claramente que nenhum deles sequer deve conhecer o Rio de Janeiro fora das áreas nobres para pregar tamanho descalabro.

Outro ponto marcante foi a quantidade de camisas contendo alusões à uma possível candidatura de um extremista radical da direita sendo que ao mesmo tempo a mesma comunicação visual foi feita em outras camisas para idolatrar um juiz tendencioso.  Será que ambos estão usando o mesmo “marqueteiro”?

Pobre Rio de Janeiro, pobre Brasil...