Via SINPOSPETRO-RJ -
Preocupado com os rumos político e econômico do país,
a ameaça de retirada de direitos conquistados com muita luta e a restrição da
participação dos sindicatos na defesa dos trabalhadores, a diretoria do
SINPOSPETRO-RJ vai promover neste mês o I Encontro Estadual de Dirigentes
Sindicais dos Trabalhadores de Postos de Combustíveis do Estado Rio de Janeiro.
No encontro, que será realizado no próximo dia 10, dirigentes dos Sindicatos
dos Frentistas do Rio de Janeiro, de Niterói e Campos dos Goytacazes vão debater
as relações de trabalho, as regras que asseguram os benefícios e traçar uma
bandeira de luta para resguardar os direitos da categoria.
A comissão, que organiza o evento, se reuniu nesta
segunda-feira(1º), na sede do SINPOSPETRO-RJ, com a técnica do Dieese, Jéssica
Naime, para elaborar a pauta de trabalho. O congresso, que será realizado, no
Arcos Rio Palace Hotel, na Lapa, Centro do Rio, vai debater também as reformas
sindical e trabalhista em curso, além de destacar a representação dos
sindicatos na negociação salarial. O risco de contaminação pela exposição ao
benzeno também será tema da palestra que será ministrada pelo diretor do
sindicato dos Frentistas de Campinas, Raimundo Nonato. Há mais de cinco anos,
ele acompanha o trabalho voltado para segurança do frentista.
Para o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto
Neto, os trabalhadores precisam ficar atentos as manobras realizadas por grupos
econômicos para flexibilizar as leis e promover um grande retrocesso no mundo
do trabalho. As propostas apresentadas para retomar o crescimento econômico são
absurdas e fazem lembrar o tempo da escravidão. O governo quer colocar em
votação no Congresso medidas como: aumento da jornada de trabalho; redução do
intervalo do almoço de uma hora para 30 minutos; o pagamento facultativo de
benefícios como férias; Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço e Previdência
Social e o parcelamento do décimo terceiro salário.
Eusébio Neto diz que esse é um momento crítico do país
e que os trabalhadores não podem ficar alheios a essa ameaça. O atual
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já deu sinal verde para as
propostas e disse que vai colocar em votação ainda neste ano o projeto que
permite que negociações entre empregados e empregadores se sobreponham à CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho).
Para o presidente do SINPOSPETRO-RJ, essa medida vai
precarizar a mão de obra e aleijar os sindicatos, verdadeiros representantes
dos trabalhadores.” Se a negociação conjunta com intercessão da lei é sofrível,
imagina o trabalhador desamparado e tendo que defender seus próprios direitos”.
*Estefania de Castro, assessoria de imprensa
Sinpospetro-RJ.