1.5.16

NO PRIMEIRO DE MAIO TRABALHADOR NÃO TEM O QUE COMEMORAR

ALCYR CAVALCANTI -


O Dia do Trabalho poderia ser uma grande festa para homenagear aqueles que cumprem suas tarefas diariamente,  na esperança de dias melhores. Estamos imersos em uma crise do capital  onde os índices de desemprego já atingem mais de 10%, ou seja milhões de trabalhadores não conseguem trabalho, contrariando as teses otimistas de Adam Smith em sua obra "Da Natureza e das Causas da Riqueza das Nações" em que a autor previa que em breve não haveria mais pobres, apenas uns mais ricos e outros menos ricos. No Estado do Rio de Janeiro a incompetência e a irresponsabilidade de governantes que ocuparam o cargo nos últimos doze anos levaram um estado rico e pujante a uma situação de falência absoluta, apesar de há pouco tempo atrás a Rio de Janeiro estivesse com os cofres cheios devido á exploração do petróleo, principalmente na camada do pré sal. A dupla Cabral/Pezão conseguiu a proeza de zerar os cofres do estado, e não consegue pagar a mais de 130 mil aposentados que morrem à mingua. Não sabemos quando a atividade econômica voltará a crescer, ou pelo menos estacionar não demitindo mais. As perspectivas não são nada promissoras, pelo menos no ano de 2016 devido ao processo de impeachment que na prática paralisou a economia e impediu que investidores empregassem o capital no processo industrial, totalmente indefinido com lojas comerciais e fábricas fechando suas portas.

Em meio a toda essa indefinição centrais sindicais disputam espaços com pouco apelo, para apoiar a presidente Dilma Rousseff ou pedir seu afastamento em definitivo. As "comemorações" do Dia do Trabalho estarão muito distantes de comemorações anteriores, ocorridas  há algumas décadas quando havia muita esperança e muita luta dos trabalhadores do Brasil contra os donos do capital.