Via AE -
Reprodução do facebook. |
A
Polícia Federal entregou à Justiça, na quinta-feira, 17, o relatório final de
indiciamento da ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Rocha (ex-PP), foragida
desde o dia 20 de agosto. Lidiane vai responder pelos crimes de peculato,
associação criminosa e fraude à licitação.
De
acordo com o documento, a ex-prefeita, seu ex-namorado e ex-secretário de
Articulação Política, Beto Rocha, e o ex-secretário de Agricultura Antonio
Gomes da Silva sacaram R$ 300 mil sobre contratos de merenda escolar. A
estimativa da PF é de que a fraude à licitação, neste caso, tenha chegado a R$
1 milhão.
A
prefeita foi cassada pela Câmara de Bom Jardim no dia 4 de setembro. Ela é
suspeita de desvios de verbas da merenda escolar e fraude à licitação que podem
alcançar R$ 15 milhões.
Vaidosa,
Lidiane Rocha, de 25 anos, exibia nas redes sociais imagens de uma vida de alto
padrão para uma cidade de 40 mil habitantes à beira da miséria, com um dos
menores IDHs do Brasil. Carros de luxo, festas e preocupação com a beleza, o
que inclui até cirurgia plástica, marcam o dia a dia da moça que candidatou-se
pela coligação ‘A esperança do povo’. Seu nome de batismo é Lidiane Leite.
Contra
ela, há um mandado de prisão preventiva. Ao finalizar o inquérito que
investigou a ex-prefeita, a PF ratificou o indiciamento de Lidiane.
O
delegado federal Ronildo Rebelo, responsável pelo inquérito, afirmou que as
buscas por Lidiane continuam. Segundo ele, a PF tem mantido contato com a
família da ex-prefeita. “A gente recebeu algumas informações, a maioria pelo
disque-denúncia”, disse. Segundo ele, muitas pistas são falsas.
As
suspeitas de desvio de verbas que rondam Lidiane Rocha não são um caso
isolado no Estado. O procurador da República Galtiênio Paulino afirma que pelo
menos 60% das demandas que passam pelo Ministério Público Federal no Maranhão
envolvem desvios de recursos públicos da União em prefeituras no Estado.