Por ANTONIO JOSÉ ANDRÉ - Via Carta Maior -
Em fevereiro de 1965, Malcolm X foi assassinado enquanto discursava
para a Organização da Unidade Afro-Americana.
Malcolm Little nasceu no dia 19 de maio de 1925, em Omaha
(Nebraska-EUA). Era filho de James Earl Little, pregador batista, que
defendia os ideais nacionalistas dos negros. Ameaças vindas da
organização racista Ku Klux Klan obrigaram a família a mudar-se para
Lansing (Michigan), onde o pai continuou os sermões.
Em 1931, o
pai de Malcolm foi brutalmente assassinado pela Ku Klux Klan. No
princípio passou a viver numa família adotiva e algum tempo depois num
reformatório. Em 1937, mudou-se para Boston onde teve diversos empregos e
com o passar do tempo envolveu-se em atividades delituosas.
Em
1946, Malcolm foi preso, acusado de roubo. Na prisão, conheceu Elijah
Muhammad, líder da Nação do Islão, organização que defendia o
nacionalismo negro e o separatismo racial, condenando os
norte-americanos descendentes de europeus como “demónios imorais”.
As
teses de Elijah Muhammad impressionaram vivamente Malcolm, que resolveu
fazer um intenso programa como auto-didata. Trocou o sobrenome,
derivado da herança do escravagismo, por um X que representava um nome
desconhecido dos seus antepassados africanos.
Em 1952, foi
libertado e tornou-se ministro da Nação do Islão. Ao contrário dos
líderes dos direitos civis, como Martin Luther King, Malcolm X defendia a
autodefesa e a libertação dos afro-americanos. Orador fogoso, Malcolm
era admirado pela comunidade negra de todo o país.
No final de 1963, Malcolm insinuou que o assassinato do presidente John Kennedy se resumiria em "quem semeia ventos, colhe tempestades". Isto levou Muhammad a acreditar que Malcolm X se tornara poderoso e julgou que aquela declaração era a oportunidade para suspendê-lo da organização Nação do Islão.
Alguns meses mais tarde, Malcolm X deixou a Nação do Islão e empreendeu uma peregrinação a Meca (Arábia Saudita), onde ficou admirado com a ausência de discordância racial entre os muçulmanos ortodoxos. Devido a esta viagem e a outros países de África e Europa, deixou as suas anteriores crenças.
Voltou aos Estados Unidos, adotando o nome árabe El-Hajj Malik El-Shabazz e, em junho de 1964, fundou a Organização da Unidade Afro Americana, que defendia a identidade negra, mas sustentava que o racismo e não a raça branca era o maior inimigo dos negros norte-americanos.
No final de 1963, Malcolm insinuou que o assassinato do presidente John Kennedy se resumiria em "quem semeia ventos, colhe tempestades". Isto levou Muhammad a acreditar que Malcolm X se tornara poderoso e julgou que aquela declaração era a oportunidade para suspendê-lo da organização Nação do Islão.
Alguns meses mais tarde, Malcolm X deixou a Nação do Islão e empreendeu uma peregrinação a Meca (Arábia Saudita), onde ficou admirado com a ausência de discordância racial entre os muçulmanos ortodoxos. Devido a esta viagem e a outros países de África e Europa, deixou as suas anteriores crenças.
Voltou aos Estados Unidos, adotando o nome árabe El-Hajj Malik El-Shabazz e, em junho de 1964, fundou a Organização da Unidade Afro Americana, que defendia a identidade negra, mas sustentava que o racismo e não a raça branca era o maior inimigo dos negros norte-americanos.
O novo movimento de
Malcolm X foi ganhando continuamente seguidores e a sua filosofia mais
moderada tornou-se cada vez mais influente no meio do movimento pelos
direitos civis, especialmente entre os líderes do Comité de Coordenação
dos Estudantes Não Violentos.
No dia 21 de fevereiro de 1965,
uma semana após a sua casa ter sido atingida por uma bomba incendiária,
Malcolm X foi alvejado mortalmente, enquanto discursava, em Nova Iorque,
perante 400 pessoas, por homens presumivelmente relacionados com a
organização Nação do Islão.
Thomas Hagan foi o único dos três
detidos pela morte de Malcolm X, que reconheceu a participação no seu
assassinato. Hagan foi posto em liberdade condicional, em 2010, depois
de ter cumprido 44 anos de prisão.