Agora posso
afirmar sem medo de errar. Depois da bem sucedida ação que levou Marina a alçar
voo, após a queda trágica do avião de Eduardo Campos (que, em breve, só os
amigos e familiares lembrarão de quem se tratava), é definitivamente
irreversível, a desmoralizada Dilma Rousseff, o “Chefão” Lula, postes, aliados
e agregado estão com os dias contados para deixarem as mordomias e vantagens do
Planalto-Alvorada.
Com um enorme
telhado de vidro na cúpula petista, agora o foco da ex- seringueira é atacar os
pontos mais frágeis do desgoverno. Petrobras e Eletrobras estão eleitas como
“alvos preferenciais”. A mídia amestrada, que sempre faz jogo duplo (ou
múltiplo) agora está aliada de Marina Silva (PSB), e vai começar a detonar
“bombas” contra as estatais. A CPMI da Petrobras, que parecia esfriada, pode
ser aquecida pela tática de guerrilha dos “socialistas” para, se possível,
derrotar Dilma já no primeiro turno.
Roberto Setúbal
já aparece como o “acionista majoritário” na candidatura Marina Silva. Ilan
Goldfjn, economista chefe do Itaú-Unibanco, enviou anteontem um paper aos
investidores internacionais do banco com a manchete: “Marina Silva Takes the
Lead in Presidential Polls”.
Independência
plena para o Banco Central e total dependência do ITAÚ e seus “amigos”
rentistas: vêm aí Dona Marina e seu governo dos cassinos. Além de comemorar que
a Marina Silva assume a liderança nas pesquisas para à Presidência (fato
confirmado ontem pelo Ibope), só faltou o Ilan dizer aos investidores
internacionais: “A candidatura da Marina Silva parece feita para você”...
O brasileiro
quer mudanças, 2013 foi contundente nesse aspecto, mas eleger Marina é trocar 6 por
meia dúzia. Não tem experiência administrativa, foi ministra do ex-Lula, hoje
seu “amigo-inimigo”. Seu quase certo governo a partir de 2015 terá de negociar
com a mesma base aliada e com a máquina aparelhada pelos petistas. Os acordos
custarão muito caros. O risco de uma reedição de instabilidades, iguais ou
piores que nos governos Collor de Mello, Sarney, FHC e Lula, é uma hipótese
factível.
Já escrevi muito
sobre isso, mas temos sempre que lembrar e nos conscientizar: o brasileiro está
desesperado, endividado e de saco cheio da institucionalidade burguesa, da
exploração desmedida e contínua. Sendo assim, no desespero vamos trocar Marina por Dilma, isso é substituir a coisa ruim por uma que pode ser ainda
pior. Graças ao eleitorado “ávido por mudanças” e induzido pela mídia
hegemônica e suas pesquisas que convencem a “votar no vencedor”.
Marina supera Dilma no RJ e SP
Há pouco mais de
um mês para as eleições a situação da presidente Dilma é a pior já revelada e
parece irreversível. Nas consultas encomendadas pela TV Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo
e feitas pelo Ibope nos dois maiores colégios eleitorais do Brasil, São Paulo e
Rio de Janeiro, e divulgadas nesta terça-feira (2) foi confirmada a ascensão e
a liderança da candidata do PSB à Presidência da República. No
Rio, Marina ultrapassou Dilma, enquanto em São Paulo ampliou a distância entre
os principais adversários na corrida eleitoral.
No Rio de
Janeiro, Marina tem 38% das intenções de voto, enquanto Dilma tem 32% e Aécio
tem 11%. Votos brancos e nulos reúnem 10%, enquanto indecisos e os que não
responderam somam 6%.
Em São Paulo, a
candidata do PSB alcançou percentual ainda mais elevado: 39% das preferências.
Já Dilma Rousseff obteve 23%, enquanto Aécio somou 17%. Votos brancos ou nulos
somaram 7%, com 10% entre indecisos e aqueles que não responderam à pesquisa.
Morre o Plano “B” do PT
O Plano B de parte do PT, o ‘Volta, Lula!’ está enterrado. Sabe-se
que a cúpula petista encomendou sigilosamente uma pesquisa há poucos dias,
para ‘consumo interno’, incluindo o ex-Lula no lugar de Dilma
Rousseff na disputa presidencial. Os números são assustadores para o partido:
Marina também empata com Lula, dentro da margem de erro, mas com chances de
vencer. Pela Lei Eleitoral, Dilma pode ser substituída até 20 dias antes da
eleição.