3.9.14

MORRE O PLANO “B” DO PT, O “POSTE” DILMA PODE CAIR JÁ NO PRIMEIRO TURNO

DANIEL MAZOLA -

Agora posso afirmar sem medo de errar. Depois da bem sucedida ação que levou Marina a alçar voo, após a queda trágica do avião de Eduardo Campos (que, em breve, só os amigos e familiares lembrarão de quem se tratava), é definitivamente irreversível, a desmoralizada Dilma Rousseff, o “Chefão” Lula, postes, aliados e agregado estão com os dias contados para deixarem as mordomias e vantagens do Planalto-Alvorada.

Com um enorme telhado de vidro na cúpula petista, agora o foco da ex- seringueira é atacar os pontos mais frágeis do desgoverno. Petrobras e Eletrobras estão eleitas como “alvos preferenciais”. A mídia amestrada, que sempre faz jogo duplo (ou múltiplo) agora está aliada de Marina Silva (PSB), e vai começar a detonar “bombas” contra as estatais. A CPMI da Petrobras, que parecia esfriada, pode ser aquecida pela tática de guerrilha dos “socialistas” para, se possível, derrotar Dilma já no primeiro turno.

Roberto Setúbal já aparece como o “acionista majoritário” na candidatura Marina Silva. Ilan Goldfjn, economista chefe do Itaú-Unibanco, enviou anteontem um paper aos investidores internacionais do banco com a manchete: “Marina Silva Takes the Lead in Presidential Polls.

Independência plena para o Banco Central e total dependência do ITAÚ e seus “amigos” rentistas: vêm aí Dona Marina e seu governo dos cassinos. Além de comemorar que a Marina Silva assume a liderança nas pesquisas para à Presidência (fato confirmado ontem pelo Ibope), só faltou o Ilan dizer aos investidores internacionais: “A candidatura da Marina Silva parece feita para você”...

O brasileiro quer mudanças, 2013 foi contundente nesse aspecto, mas eleger Marina é trocar 6 por meia dúzia. Não tem experiência administrativa, foi ministra do ex-Lula, hoje seu “amigo-inimigo”. Seu quase certo governo a partir de 2015 terá de negociar com a mesma base aliada e com a máquina aparelhada pelos petistas. Os acordos custarão muito caros. O risco de uma reedição de instabilidades, iguais ou piores que nos governos Collor de Mello, Sarney, FHC e Lula, é uma hipótese factível.

Já escrevi muito sobre isso, mas temos sempre que lembrar e nos conscientizar: o brasileiro está desesperado, endividado e de saco cheio da institucionalidade burguesa, da exploração desmedida e contínua. Sendo assim, no desespero vamos trocar Marina por Dilma, isso é substituir a coisa ruim por uma que pode ser ainda pior. Graças ao eleitorado “ávido por mudanças” e induzido pela mídia hegemônica e suas pesquisas que convencem a “votar no vencedor”. 

Marina supera Dilma no RJ e SP 

Há pouco mais de um mês para as eleições a situação da presidente Dilma é a pior já revelada e parece irreversível. Nas consultas encomendadas pela TV Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo e feitas pelo Ibope nos dois maiores colégios eleitorais do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, e divulgadas nesta terça-feira (2) foi confirmada a ascensão e a liderança da candidata do PSB à Presidência da República. No Rio, Marina ultrapassou Dilma, enquanto em São Paulo ampliou a distância entre os principais adversários na corrida eleitoral. 

No Rio de Janeiro, Marina tem 38% das intenções de voto, enquanto Dilma tem 32% e Aécio tem 11%. Votos brancos e nulos reúnem 10%, enquanto indecisos e os que não responderam somam 6%.

Em São Paulo, a candidata do PSB alcançou percentual ainda mais elevado: 39% das preferências. Já Dilma Rousseff obteve 23%, enquanto Aécio somou 17%. Votos brancos ou nulos somaram 7%, com 10% entre indecisos e aqueles que não responderam à pesquisa. 

Morre o Plano “B” do PT 

O Plano B de parte do PT, o ‘Volta, Lula!’ está enterrado.  Sabe-se que a cúpula petista encomendou sigilosamente uma pesquisa há poucos dias, para ‘consumo interno’, incluindo o ex-Lula no lugar de Dilma Rousseff na disputa presidencial. Os números são assustadores para o partido: Marina também empata com Lula, dentro da margem de erro, mas com chances de vencer. Pela Lei Eleitoral, Dilma pode ser substituída até 20 dias antes da eleição.