EMANUEL CANCELLA -
Michel Temer era o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil, mas era um bandido de colarinho branco: ele adorava uma propina nos portos. MiShell Temer também articulou e aprovou uma lei que isenta em um trilhão de reais as petroleiras, a mais beneficiada a Shell (2).
Temer deu pouco trabalho ao seu aliado, o Juiz Sergio Moro, o qual agasalhou a ajudinha que Temer deu às petroleiras em impostos. Moro teve também que cancelar 21 das 41 perguntas que o deputado Eduardo Cunha fez a Temer, em delação premiada (1). Com certeza que essas perguntas, excluídas por Moro, mostrariam Temer como o chefe da quadrilha da roubalheira na Petrobrás. Entretanto, Moro, mesmo sem provas, quer que seja o ex-presidente Lula.
A Mulher de Temer, Marcela, nunca teve cheque depositado em sua conta, e a família de Temer, ao que me consta, se locupletou no varejo, já que Temer através de propina da JBS, reformou a casa da filha (3).
E Temer tem visão estratégica, já que, com o voto de Bolsonaro, aprovou a reforma trabalhista e a PEC 55 a da Morte (9). Com essas duas propostas, Temer transformou os trabalhadores em semiescravos e está falindo estados e municípios. Para quem não sabe, os bombeiros de Brumadinho estão com os salários parcelados por conta da PEC da Morte (6).
Como escravos, agora os trabalhadores jovens ficarão com o fim das férias remuneradas, 13º e o FGTS, o que está sendo gestado por Bolsonaro diretamente do hospital Albert Einstein (4).
Enganando a sociedade, dizendo que estavam combatendo a corrupção, os inimigos da democracia e do Brasil tiraram Dilma, do Partido dos Trabalhadores, sem nenhuma prova, uma presidente eleita pela maioria dos brasileiros e assim colocaram Temer que, apesar de três denúncias por envolvimento em corrupção, governou tranquilo até o final. Mas eles tinham que seguir no golpe, então precisavam também tirar Lula do PT do páreo, pois, segundo o Ibope, Lula ganharia a eleição no primeiro turno (5). E eles vislumbraram Bolsonaro como o anti-Lula.
Foi relativamente fácil para Moro, mesmo sem provas, prender Lula para favorecer Bolsonaro, principalmente porque contava com apoio maciço da mídia e da Justiça. Bolsonaro eleito, “coincidentemente” convidou Moro para ministro da Justiça.
Saiu Temer, que era um bandido de colarinho branco, e entra Bolsonaro, um provinciano defensor das milícias, um inimigo assumido das minorias, mulheres, índios, negros e LGBT’s. Um dos primeiros atos de Bolsonaro foi liberar a venda de armas, que, com certeza, deve ser pleito dos milicianos.
E o problema não é só Bolsonaro, há também os filhos que a mídia começa a chamar por números, talvez fazendo alusão aos irmãos metralhas. O mais velho, o n° 1, Flávio Bolsonaro, deputado, agora senador, envolvido num escândalo do Coaf que detectou movimentação irregular na conta do Queiroz, seu motorista. Enquanto nenhum dos envolvidos aceitou depor no Ministério Público: Flávio Bolsonaro, Queiroz, sua mulher e filha, o Coaf já mudou de ministério, passou a ser comandado por Moro, e já trocaram o promotor que investiga o caso.
Só falta punir os funcionários do Coaf pelo exato exercício do cargo, que manda tornar pública movimentação financeira em conta, acima da capacidade, do titular.
Aliás, tem sido uma marca do governo Bolsonaro punir quem denuncia: os fiscais do Ibama, que multaram Bolsonaro por pesca ilegal, foram retaliados e a multa cancelada(7). Hoje deu na imprensa que os fiscais da Receita, que estão investigando Gilmar Mendes, vão ser investigados (8).
Moro depois de afastar da politica com armação Dilma e Lula, o juiz Moro também levou nas costas FHC e Aécio, assim como toda a cambada de bandidos tucanos, que, diga-se de passagem, graças a Moro saíram invictos, pois ninguém foi denunciado, preso ou inelegível.
Depois Moro teve que blindar Teme que, com três denúncias de corrupção, não foi mole não! Mas Bolsonaro, para Moro, é o maior desafio, pois há Coaf, milícias, fake news, etc.
E para complicar, vem Lula com o Nobel da Paz!
Volta Temer!
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