REDAÇÃO -
O movimento de lítio para o Chile, que faz parte da Industrial Chile-Constramet, anunciou que desenvolverá uma agenda de mobilização em coordenação com os deputados de oposição ao governo. Eles exigirão a aprovação de um projeto de lei que declare o referido mineral de interesse nacional.
As entidades sindicais e sociais que integram o movimento, querem aprovar um projeto de Lei para declarar de interesse nacional a exploração e comercialização do lítio, e a Sociedade Química e Mineral do Chile S.A. (SQM).
Assim, buscam revogar o acordo alcançado pela empresa privada SQM este não com a Corporação para a Promoção da Produção (Corfo), que amplia a exploração de lítio pela SQM até 2030.
O movimento conta com o apoio de vários deputados de oposição ao governo de Sebastián Piñera, que acreditam na importância do lítio para transformar o país, já que tem potencial em termos de desenvolvimento, geração de tecnologia e energias renováveis.
“Precisamos criar uma consciência pública sobre a importância do lítio hoje, para o desenvolvimento industrial e industrialização do país. O lítio é legalmente do estado chileno. O que queremos é cancelar as licenças de exploração que foram concedidas a empresas que cometeram irregularidades, como o SQM. As transnacionais monopolizaram e dominaram esse mineral”, falou o coordenador nacional do movimento e secretário-geral da Industrial Chile-Constramet, Miguel Soto.
Recentemente a Comissão de Minérios da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de reforma constitucional que permite a expropriação, por parte do Estado, de empresas privadas que exploram o lítio.
O Movimento Lítio para o Chile expôs sobre o acordo entre SQM e Corfo na Comissão Investigadora da Câmara dos Deputados em 12 de novembro, e solicitou avançar na reforma que também permitirá a expropriação da empresa que eles chamam de "corrupto".
Eles também buscam agilizar um projeto de lei que é apresentado à Comissão Constitucional para criar uma empresa nacional de lítio no Salar de Atacama.
“Tivemos uma série de atividades com parlamentares da oposição, tentando criar coordenação. Há várias contas apresentadas e vamos fazer as mobilizações para fazê-las avançar. Por exemplo, vamos procurar o executivo para aprovar o projeto que já foi aprovado pela Comissão de Mineração”, explicou Soto.
Por sua parte, o secretário regional da União Global IndustriALL, Marino Vani disse:
"Somos solidários com o Movimento e com o nosso afiliado Chile Industrial, que permanecem firmes na luta pela defesa do lítio, da soberania, de uma indústria nacional sustentável e de um país para todos".
Fonte: IndustriALL