REDAÇÃO -
Metade dos trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga de emprego por estarem sem esperança —chamados de desalentados— tem o ensino fundamental incompleto, segundo dados divulgados na quinta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Essa desesperança atinge ainda mais as mulheres, que hoje representam 54,7% do grupo de desalentados. A análise do Ipea é feita com base nos dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, e tem como base o segundo trimestre deste ano.
Segundo Maria Andréia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa do instituto, as mulheres sem estudo sofrem sem perspectivas e, por isso desistem de buscar vagas. “Muitas não são chefes de família e, quando encontram uma possível colocação, a avaliação é de que pagar para alguém para olhar os filhos fica até mais caro”, avalia.
Por faixa etária, o desalento é maior entre os jovens de 18 a 24 anos e chega a atingir 25,3%. Veja ao lado.
Já dentre os menos desesperançados estão os chefes de família, que correspondem a 30,8%. Maria Andréia acredita que, por ser responsável pelo lar, esse trabalhador não desiste fácil.
Fonte: Folha De São Paulo