JEFERSON MIOLA -
Em vídeo de campanha, o filho do Bolsonaro ameaçou fechar o STF “só com um soldado e um cabo, nem jipe precisa”, se o Supremo decidir condenar a campanha do Bolsonaro por corrupção, caixa 2 etc.
A ameaça configura crime contra a ordem política e social e é um grave atentado ao Estado de Direito.
O perpetrador de tal crime sujeita-se à condenação e à prisão.
A reação do STF consegue ser ainda pior que a ameaça recebida:
1- o presidente de fachada do STF, Dias Toffoli, disse que não diria nada, em obediência ao presidente de fato da Corte, general Fernando Azevedo e Silva; e
2- Rosa Weber, ao ser perguntada sobre o assunto durante a pantomima do TSE que ela chamou de entrevista coletiva, disse que “as instituições, no Brasil, estão funcionando normalmente” [sic]!
Bolsonaro, por seu turno, divulgou mensagem em telão da Avenida Paulista conclamando seus milicianos a uma política de extermínio e ódio racial que está claramente repudiada pela Constituição: “uma limpeza nunca vista na história desse País”.
O STF está acovardado e tutelado, como todo o judiciário brasileiro.
A presença militar e a lógica totalitária está plasmada nas instituições do Estado.
A soberania popular, que se expressa no poder civil, está com um fuzil apontado na cabeça.
O bolsonarismo, se eleito mediante a gigantesca manipulação financiada com caixa 2 de empresários corruptos, será o passaporte para a ditadura militar que busca nas urnas a legitimidade que nunca terá.