ADERSON BUSSINGER -
O fascismo nos espreita, espeta, invade universidades, quer
tirar adesivos, rasgar faixas, ameaça gays, lésbicas, travestis, homens e
mulheres em suas mais diversas expressões de diversidade e existência. O
fascismo não vai ao debate, mas vai aos quartéis, em busca do reforço das armas
que pretende ainda mais liberar, liberar... vender e matar!
O fascismo apresenta seu candidato, para que doravante
sequer haja mais candidatos, mas ditadores, ditadores... prometendo a morte de
30.000 vermelhos e o exílio de nossos sonhos. O fascismo faz falsas juras a
democracia, ao Estado Democrático de Direito, (neste instante em que ainda não
tomou o mesmo Estado), através do mesmo voto que pretende em outro instante
futuro acabar! Tudo uma questão de cálculo e de chance, pois já fez isto em
1964.
O fascismo invoca o que as pessoas têm de mais sagrado, a
família, os filhos, o desejo de liberdade e paz, o sorriso meigo das crianças,
para então fornecer sua receita do medo, do medo do qual necessita que estas
mesmas pessoas possuam, para que - uma vez medrosas -possam aceitar (sem muito
pensar), o salvador dos medos que ele mesmo fábrica.
O fascismo hoje pede o seu voto, de verde e amarelo, em nome
de todos os defeitos possíveis da democracia, do PT, das esquerdas, de outros
países, do Kit Gay, da corrupção, da Bíblia sagrada de um outro Jesus que
habilmente deturpou para que seus fiéis também rezem ao fascismo.
O fascismo, meus amigos, familiares, colegas, vizinhos,
todos e todas vocês que juntos neste país convivemos, precisa ser derrotado
nestas eleições e votar no 13, (que não representa meu partido e contra o qual
sou e continuarei sendo oposição), apertar o número 13 na urna eletrônica, dia
28 de novembro de 2018, consiste no mínimo que posso e que juntos podemos
fazer, para que o fascismo não invada finalmente nossa existência e, como
naquele poema de Brecht, não seja tarde demais.
A virada é possível e vamos fazê-la de vez acontecer!
*Aderson Bussinger, Advogado Sindical, Conselheiro da OAB-RJ. Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais/UFF, colaborador do site TRIBUNA DA IMPRENSA SINDICAL, Diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OAB-RJ, membro Efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ. Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros-IAB
