REDAÇÃO -
O mercado de trabalho brasileiro criou 137.336 empregos com carteira assinada em setembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira, 22, pelo Ministério do Trabalho.
O número havia sido publicado inadvertidamente no site do Ministério durante a tarde desta segunda-feira. Esse é o melhor resultado para o mês desde setembro de 2013, quando foram gerados 211.068 empregos formais.
O mês de setembro é o nono seguido com criação de empregos formais, de acordo com a série histórica com ajuste sazonal. O mês registrou o melhor desempenho do ano e ficou a frente de abril, quando a economia gerou 127.134 empregos formais - até então, o melhor resultado de 2018.
O resultado do mês passado veio melhor que o previsto pelos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam expansão do mercado de trabalho com criação entre 47.819 a 127.000 vagas, sem ajuste sazonal. Com base no intervalo de 13 estimativas, a mediana indicava a criação de 100.000 empregos formais em setembro.
No acumulado de janeiro a setembro, o Caged registra criação de 719.089 empregos formais na série com ajuste sazonal. Nos 12 meses até setembro, o Ministério do Trabalho registra a criação de 459.217 empregos com carteira assinada.
Serviços
O crescimento do emprego em ritmo superior ao esperado pelos economistas foi liderado pelo setor de serviços em setembro. Dados do Ministério do Trabalho indicam que os serviços registraram a criação de 60.961 empregos, seguido pela indústria de transformação, que elevou o número de trabalhadores com carteira assinada em 37.449 vagas. O comércio foi o terceiro setor que mais gerou empregos, com 26.685 postos no mês passado.
Entre os demais setores, a construção civil criou 12.481 empregos, os serviços industriais de utilidade pública ganharam 1.091 postos, a administração pública registrou 954 novos empregos e o segmento de extração mineral teve 403 novas vagas. Por outro lado, o agronegócio registrou fechamento de 2.688 empregos formais no mês passado. Esse foi o único setor econômico com fechamento de empregos em setembro.
Intermitente
Em setembro, o Caged apontou a a criação líquida de 4.281 empregos com contrato intermitente e abertura de outras 1.974 vagas pelo sistema de jornada parcial. Somados, os dois novos contratos criaram 6.255 empregos no mês passado. As duas novas modalidades foram criadas pela reforma trabalhista.
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, o emprego intermitente registrou criação total de 6.072 postos ao mesmo tempo em que houve fechamento de 1.791 vagas no mês.
Por setor, os serviços lideraram com folga no mês e registraram saldo positivo de 2.078 empregos intermitentes - praticamente a metade do total do mês.
Por ocupação, os cargos de vigilante (saldo de 199 novos empregos), servente de obras (168) e soldador (167) lideraram. Entre os Estados com o maior número de contratações na modalidade intermitente, estão São Paulo (saldo positivo de 1.214), Rio de Janeiro (750) e Paraná (474).
Já as contratações de trabalhadores em regime de tempo parcial tiveram saldo positivo de 1.974 gerado pelas 5.451 contratações totais e 3.477 desligamentos. Os maiores saldos foram registrados no Ceará (317 vagas), São Paulo (306) e Paraná (200).
O Caged informou ainda que houve 13.019 desligamentos por acordo no mês de setembro.
Fonte: UGT