HELIO FERNANDES -
52 por cento do
eleitorado nacional é composto por mulheres. Como 146 milhões de
cidadãos-contribuintes-eleitores estão inscritos, significa que 74 milhões são
mulheres. 2 milhões delas, responsáveis e compenetradas, resolveram fazer
campanha pela democracia, inscrevendo e escrevendo nas redes: "Mulheres
CONTRA Bolsonaro".
Hackers,
orientados pelo comando da chapa Bolsonaro-Mourão, invadiram as redes, mudaram
uma palavra, transformaram tudo. Ficou assim: "Mulheres COM
Bolsonaro". São capazes de tudo, como se constata desde o inicio da
campanha.
No ano passado,
pesquisas mostraram que 12 por cento das mulheres, 16 milhões do total delas,
apoiavam e votavam em Bolsonaro.
Fiquei surpreendido.
Lamentei. Mas compreendi Essas 16 milhões de mulheres eram casadas ou filhas de
desmemoriados e desencontrados bolsonaristas, votariam no candidato da casa.
Por que descumpririam ordens e apoiariam um desconhecido?
Agora surgiu um
fato novo, fartamente denunciado, provado e documentado: BOLSONARO AMEAÇOU DE
MORTE A EX-MULHER, QUE TEVE QUE FUGIR DO BRASIL. Enquanto todas as 74
milhões de mulheres, democratas ou não, pensam sobre esse problema
espantoso, acrescentarei mais dados e detalhes, sobre o caráter de
Bolsonaro.
BOLSONARO
AMEAÇA DE MORTE A EX-MULHER
Está registrado
no Itamaraty, agora revelado surpreendentemente por Jornais (Estadão, Globo,
Folha) e televisões. Todos publicaram com destaque. Sendo que a Folha preferiu
a manchete da Primeira: "Bolsonaro ameaçou sua ex-mulher, diz
documento". O fato criminoso começou em 2009, quando Bolsonaro se separou
da mulher, Ana Cristina Valle, fato comum, que cada vez se repete mais.
Ele entrou na
justiça, pretendendo a guarda do filho. Perdeu, ameaçou de morte a ex-mulher,
que apavorada, fugiu para a Noruega. Mas registrou tudo, em documento oficial
no Itamarati.
Agora voltou
para o Brasil, que é o seu país, onde quer viver. E vai tentar retomar a vida
política. Mas continua amedrontada, apavorada, aterrorizada. E procura
disfarçar e desmentir os fatos que ela mesma revelou e documentou, ou não se
saberia. Afirmação estranha dela: "Bolsonaro é bom pai e bom
ex-marido". Tinha que se transformar em fato - manchete, ele é candidato a
presidente da Republica.
Ganhando ou
perdendo, mais um tormento para o país.
E para as
mulheres, uma realidade sem credibilidade: como votar num homem que ameaça de
morte a ex-mulher? Para o país, uma
suposta ou presumida vitória dele, quanto tempo de intranquilidade ou até o
pior?