EMANUEL CANCELLA -
A “carteirada” foi muito utilizada pela ditadura militar: Era o famoso “Sabe com está falando?”. Isso valia para as repartições públicas como também para uma simples prisão por vadiagem.
Na repartição pública, quando o pedido extrapolava a lei, e algum funcionário público resistia; na prisão por vadiagem, o trabalhador sem carteira assinada dizia ao policial “ Mas eu não estou fazendo nada de errado”, já sendo enfiado no camburão e o policial dizendo” Sabe com quem esta falando?”.
Com o fim do golpe militar, 1985, essa prática foi abolida. Ou nem tanto!
Os golpistas de 2016, saudosos dos anos de chumbo, há muito tiraram o arsenal do fundo do baú.
O STF, por estes dias, proibiu a “Condução Coercitiva” que consistia em a polícia levar à força o cidadão para um simples depoimento. A Lava Jato, chefiada pelo juiz Sergio Moro, usou e abusou desse instrumento autoritário.
Já a Globo tem uma “carteirada” poderosa que impede qualquer investigação dentro da Receita Federal: os fatos mostram que não só a Receita, como a Polícia federal, o MPF e a PGR blindam qualquer investigação da Globo, no fisco!
E não são poucos os crimes da Globo ligados ao Imposto de Renda, no Brasil. Nos EUA, Al Capone, o mais famoso gangster, caiu no imposto de renda que virou até música de Raul Seixas. No Brasil, a Globo se fortalece com os crimes fazendários.
Mas como, Emanuel? A Globo, como prêmio ao desrespeito às leis fiscais, ainda virou monopólio da transmissão da Copa do mundo de 2018?
Olhe o desempenho da Globo, nas tramoias fiscais:
- A Globo sonegou o Imposto de Renda da transmissão da copa do mundo de 2002 (1).
A Globo, mesmo sendo a emissora mais corrupta em Copa do Mundo , no Brasil, nem sequer é investigada. Só em uma investigação nos EUA, no “Fifagate”, a Globo foi citada 14 vezes.
Os partidos PT, PDT e Psol pediram para a PGR, Raquel Dodge, abrir investigação, isso em novembro de 2017, a PGR então mandou essa investigação da justiça americana para o MPF do Rio. Até hoje sem resposta (2).
A Globo está envolvida no escândalo de lavagem de dinheiro conhecido como Swssleaks e Panamá Papers (3,4).
E a Lava Jato, chefiada pelo Juiz Sergio Moro, segundo ministro do TCU, está dando “carteirada”. Moro não quer que as provas colhidas pela operação Lava Jato contra empresas e delatores da Operação sejam usadas por outros órgãos estatais como a AGU (Advocacia-Geral da União), a CGU (Controladoria-Geral da União), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o Banco Central, a Receita Federal e o TCU (Tribunal de Contas da União) (5,6).
A sociedade entende a preocupação da Lava Jato, chefiada por Moro tendo em vista o acordo como o que foi proposto pelo advogado Carlos Zucoloto Junior. Zucoloto, falando oficialmente em nome da Lava Jato, pedindo US$ 5 milhões “Por Fora” ao advogado da Odebrecht, Rodrigo, Tacla Duran.
Por esse acordo ficaria acertada a delação premiada que daria a Duran, entre outras benesses, a prisão doméstica e perdão de US$ 10 milhões na multa da Odebrecht (7 a 10).
Ora, se não for a carteirada, então esse acordo pode ser desfeito por qualquer desses órgãos citados acima.
Só acordos dessa monta poderiam permitir que ladrões confessos da Petrobrás como Youssef, condenado a mais de 80 anos cumpram pena em suas casas, verdadeiros clubes de lazer construídos com dinheiro da roubalheira.
Ladrões como, entre outros, o diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa; o ex presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, Sergio Machado e o doleiro Alberto Youssef. (12)
Não sabemos que acordo foi feito com esses ladrões pela Lava Jato para, depois de tantos crimes, conseguirem ficar em casa. Não sabemos se pagaram “Por Fora”, se em dólar ou reais. E se foi pago depositaram na conta de quem?
Segundo a Veja, com base em informação da Receita Federal mostrou que o depósito de Duran foi na conta da esposa de Moro, Rosangela Moro. O juiz Sergio Moro alegou que o dinheiro foi para pagar cópias de processo (7 a 10).
Se Moro usou e abusou do entulho autoritário, conhecido como “Condução coercitiva” que agora, por decisão do STF, não pode ser mais usado, a Globo, além das “carteiradas”, está impondo a seus jornalistas a censura, instrumento também usado pela ditadura militar. Os jornalistas da Globo não podem mais falar em política (11)!
Alguém tem que avisar à Globo e ao juiz Sergio Moro, da lava Jato, que eles podem até ter saudades da ditadura, mas ela acabou!
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