23.5.18

1-POR QUE O GOVERNO TEMER NÃO REAGE MAIS À DISPARADA DOS COMBUSTÍVEIS; 2- RODRIGO MAIA DIZ QUE NÃO VAI VOTAR MP DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS

REDAÇÃO -


Não é impressão: os preços de combustíveis estão mesmo subindo toda hora.

De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o preço do diesel subiu 56% desde julho de 2017.

A questão atingiu em cheio o governo de Michel Temer com o protesto de caminhoneiros autônomos em 19 estados na segunda-feira e 22 estados na terça-feira, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O governo diz que vai zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) do diesel, mas não há espaço fiscal para mexer nos impostos que pesam mais e o preço está amarrado por outro fator.

Em julho de 2017, a Petrobras adotou uma nova política de reajustes quase que diários com base no preço do petróleo no mercado internacional e o câmbio.

“Não tem muita margem de manobra em cima dessa política nova”, nota Fernanda Delgado, pesquisadora da FGV Energia.

A movimentação pode ser para cima e para baixo, mas tem tido um viés forte de alta nas últimas semanas porque os dois fatores de cálculo estão disparando.

O petróleo chegou a bater na casa dos 80 dólares por barril, nível não visto desde novembro de 2014, puxado por tensões geopolíticas que afetaram a oferta.

A saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã e os problemas da Venezuela significam centenas de milhares de barris a menos por dia no mercado e podem fazer a cotação subir ainda mais até o fim do ano, diz Fernanda.

Ela também destaca o interesse da Arábia Saudita em segurar produção para garantir o maior valor possível na oferta pública de ações da Aramco, sua estatal de petróleo, marcada para 2019. (…)
(por João Pedro Caleiro do site da revista Exame)

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RODRIGO MAIA DIZ QUE NÃO VAI VOTAR MP DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS

Reportagem de Angela Boldrini e Daniel Carvalho na Folha informa que Rodrigo Maia, presidente da Câmara, diz que deixará caducar a medida provisória que trata da privatização da Eletrobras e suas distribuidoras. Decisão foi dada nesta terça-feira (22).

De acordo com a publicação, a matéria precisaria ser aprovada antes do dia 1º de junho na Casa e no Senado para não perder validade. “[O relatório da MP vem] Com aumento de tarifa. Nem o plenário da Câmara o nem do Senado querem votar”, disse o presidente da Câmara. De acordo com Maia, o governo e a Fazenda foram avisados de que havia desconforto nas bancadas com o texto do deputado federal Júlio Lopes do PP.

“Se não tem voto, não adianta ficar insistindo. Tem outras matérias que a gente precisa aprovar também”, disse à Folha. Rodrigo Maia afirmou também que o governo reenviará a matéria por meio de projeto de lei. (via DCM)