REDAÇÃO -
O general do Exército Antonio Hamilton Mourão, uma espécie de Bolsonaro de farda, voltou a atacar.
Depois de sugerir em setembro uma intervenção militar, ele fez um novo discurso golpista no Clube do Exército, em Brasília, a convite de um tal grupo Ternuma (Terrorismo Nunca Mais). O tema era “Uma visão daquilo que me cerca”, conta a Folha.
“Se o caos for ser instalado no país… E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento […]. Mantendo a estabilidade do país e não mergulhando o país na anarquia, agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira”, falou.
“Mas por enquanto nós consideramos que as instituições têm que buscar fazer a sua parte.” O Exército disse ao jornal que “as declarações emitidas estão sendo objeto de análise pelo Comando da Força”.
Lula, no segundo mandato, “sobrevivente ao mensalão, achou que podia tudo. E as comportas foram abertas do lado da incompetência, da má gestão e da corrupção.”
Puxou o saco dos generais: “A nossa infraestrutura logística, a maior parte dela, foi montada durante o período da cruel ditadura militar, aquela insana ditadura, né? De lá para cá praticamente nada foi feito”.
De acordo com a Folha, Mourão foi aplaudido sem parar durante um minuto, após falar por cerca de 45. Depois, ao longo de aproximadamente 50 minutos, ele respondeu a perguntas da plateia.
“Eu apenas digo uma coisa: não há portas fechadas na minha vida”. Sobre Bolsonaro, que o elogiou há dois meses, alegou que “é um homem que não tem telhado de vidro, não esteve metido nessas falcatruas e confusões”.
“Ele terá que se cercar de uma equipe competente. […] Obviamente, nós, seus companheiros, dentro das Forças, olhamos com muito bons olhos a candidatura do deputado Bolsonaro.”
***
“Se não tiver o apoio de todos ou da quase absoluta maioria, fica difícil”, diz Moro em e-mail em lista de juízes federais
Em email numa lista da Ajufe, Associação dos Juízes Federais do Brasil, Sergio Moro fez um apelo corporativo para que os colegas o apoiem. Com a popularidade em baixa, seis dias depois do depoimento de Tacla Durán à CPI da JBS, alguns deles manifestaram solidariedade.
Lembra Fernando Collor, às portas do impeachment, rogando à população: “Não me deixem só”.
Diz ele:
Prezados,
Agradeço a todos.
No fundo, fico orgulhoso de pertencer a essa categoria dos juizes federais e, se não tiver o apoio de todos ou da quase absoluta maioria, fica difícil.
Abs,
Sergio Fernando Moro