Por ROBERTO SANTANA SANTOS - Via Brasil em 5 -
A Venezuela permanece nas manchetes dos jornais. Dessa vez os grandes meios de comunicação vêm destacando um certo “plebiscito” realizado pela direita venezuelana no último domingo, 16 de julho. Reproduzindo acriticamente a informação dada pelos próprios opositores, nos é apresentado o número de 7 milhões de participantes que teriam dito não à Constituinte convocada pelo presidente legítimo do país, o chavista Nicolás Maduro. Obviamente, como tudo que sai sobre a Venezuela na grande mídia, tudo não passa de uma grande fraude. Vejamos o porquê.
O Conselho Nacional Eleitoral – CNE (Justiça eleitoral daquele país) é, pela Constituição venezolana, um Poder da República. Naquele país existem 5 poderes, e não 3, como estamos acostumados no Brasil. Além do Executivo, Legislativo e Judiciário, existe o Poder Eleitoral representado pelo CNE e o Poder Moral (junção da Controladoria da República, Procuradoria Geral da República e Defensoria Pública). Todos têm autonomia e igualdade. O CNE é a autoridade máxima em matéria de eleições, referendos e qualquer consulta pública à população. A direita venezuelana nunca reconheceu a autoridade do CNE, a não ser, claro, nas poucas vezes onde obteve vitória eleitoral. Uma posição desrespeitosa com a democracia, com a vontade do povo e com a Constituição. E cá entre nós, um infantil choro de perdedor em reconhecer uma eleição somente quando se vence.
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