Via FENEPOSPETRO -
Para o presidente da Federação dos Frentistas do Estado de São Paulo (FEPOSPETRO), Luiz Arraes (foto), a Lei da Reforma Trabalhista não vai matar o movimento sindical, nem acabar com a luta da classe operária. Segundo ele, a lei arbitrária e inconstitucional do governo veio para destruir o movimento sindical, mas acabou tendo efeito contrário, dando mais força, resistência e disposição de luta para os sindicalistas.
A Lei da Reforma Trabalhista não decretou o fim do movimento sindical. A afirmação é do presidente da Federação dos Frentistas de São Paulo (FEPOSPETRO), Luiz Arraes, que se reuniu, na quarta-feira (19), com os dirigentes dos 16 sindicatos da categoria no estado para traçar as estratégias de luta diante do quadro de retrocesso imposto pelo governo. Ele disse que as Confederações e Federações de diversas categorias no país estão se unindo e se organizando para questionar na justiça a constitucionalidade da nova lei. Arraes afirmou que a própria Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho (MPT), já se posicionaram contra a lei.
Segundo Luiz Arraes, não é a Lei da Reforma Trabalhista que vai dar jeito num país com mais de 15 milhões de desempregados, mercado desaquecido e um Congresso e um Executivo moralmente abalados por escândalos de corrupção. Arraes frisa que nenhuma empresa estrangeira vai investir no Brasil simplesmente porque o governo afrouxou as leis trabalhistas. O presidente da FEPOSPETRO afirma que o país está sem credibilidade e não será tirando o sangue e os direitos do trabalhador que o governo vai reverter esse quadro de recessão.
FORÇA-TAREFA - Os 16 Sindicatos dos Frentistas de São Paulo, que representam mais de 100 mil trabalhadores, montaram uma força-tarefa para intensificar o trabalho de base nos 645 municípios do estado. Segundo Luiz Arraes, os dirigentes da FEPOSPETRO vão fazer corpo a corpo e usar ferramentas de comunicação para informar aos trabalhadores as mudanças na Consolidação das Leis Trabalhista (CLT) e as consequências para a categoria. “Esse é um momento crucial para a classe trabalhadora que precisa despertar para a importância de se sindicalizar e fortalecer a categoria”, completou.
NEGOCIAÇÃO - Segundo Luiz Arraes, o movimento sindical tem pela frente uma grande incógnita, já que muitos pontos da lei ainda estão obscuros. Ele diz que vai ser preciso paciência e sabedoria dos dirigentes para desenrolar esse novelo. Arraes acrescenta que em São Paulo os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência estão resguardados pela Convenção Coletiva até 28 de fevereiro de 2018, no entanto, hoje paira uma grande incerteza com relação a próxima negociação. O presidente da FEPOSPETRO destaca que assim como os sindicatos laborais, as entidades patronais também sofrerão as consequências da nova lei. “Já que o negociado vai sobrepor ao legislado, nós vamos lutar para fazer constar na Convenção o direito de representar todos os trabalhadores de postos de combustíveis”.
JUSTIÇA - O presidente da FEPOSPETRO vai participar da reunião dos dirigentes e do corpo jurídico da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), na próxima terça-feira (25), no Rio de Janeiro. Nesse encontro, serão avaliados os pontos da Lei da Reforma Trabalhista e as medidas jurídicas que serão adotadas para fazer valer os artigos da Constituição Federal e da Consolidação das Leis Trabalhista (CLT).
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro