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Na decisão em que devolveu ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) o direito de exercer suas atividades parlamentares, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello exaltou sua biografia e descreveu Aécio como alguém com "fortes elos com o Brasil" e "carreira política elogiável".
"É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira", escreveu o ministro.
Com sua decisão, Marco Aurélio reverte liminar do relator da Lava Jato, Edson Fachin, que havia afastado Aécio do Senado, depois que um áudio revelou que o tucano pediu R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, dono da JBS. Além de lhe devolver o cargo, Marco Aurélio restituiu o passaporte de Aécio Neves, que havia sido apreendido na decisão de Fachin. O caso foi parar nas mãos de Marco Aurélio porque o relator da Lava Jato redistribuiu parte do processo relacionado à Operação Patmos, que prendeu a irmã e o primo do tucano - já soltos.
Em nota, Aécio disse ter recebido a decisão com "absoluta serenidade", "da mesma forma como acatei de forma resignada e respeitosa a decisão anterior. Sempre acreditei na Justiça do meu país e seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros". (via 247)
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Aécio diz que sempre acreditou na Justiça
“Recebo com absoluta serenidade a decisão do Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, da mesma forma como acatei de forma resignada e respeitosa a decisão anterior. Sempre acreditei na Justiça do meu país e seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros, com a seriedade e a determinação que jamais me faltaram em 32 anos de vida pública.”
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FACHIN MANDA SOLTAR O HOMEM DA MALA DE TEMER
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mandou soltar nesta sexta-feira 30 o ex-deputado e ex-assessor especial de Michel Temer Rodrigo Rocha Loures.
Fachin determinou que Rocha Loures use tornozeleira eletrônica e permaneça em casa à noite, nos finais de semana e feriados. Ele também está proibido de fazer contato com outros investigados e de deixar o país.
O peemedebista foi foi flagrado em um vídeo feito pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS em uma pizzaria em São Paulo. Os investigadores acreditam que o destino final do dinheiro era Michel Temer.
O ex-deputado estava preso desde 3 de junho. Sua prisão era um caminho para uma delação premiada que atingisse Temer.