Via FENEPOSPETRO -
Representantes da Federação Nacional dos Frentistas liderados pelo presidente da entidade, Eusébio Pinto Neto, estão em Brasília para protestar contra a votação do relatório final da reforma trabalhista, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Contra a vontade de mais de 95% dos brasileiros, que participaram de uma enquete feita pelo Senado Federal sobre a reforma trabalhista, o relatório final da proposta será votado nesta quarta-feira (28) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os presidentes da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, e da categoria no estado de São Paulo, Luiz Arraes vão liderar o grupo de frentistas que estão em Brasília para pressionar os parlamentares a votarem contra a reforma nefasta que vai retirar direitos dos trabalhadores.
Os dirigentes dos frentistas Possidônio Valença, de Minas Gerais, Raimundo Nonato e Adnaldo Barbosa, de São Paulo, e Carlos Alves, de Brasília, também reforçam o coro dos sindicalistas que vão ocupar hoje o Congresso Nacional.
A reforma trabalhista vai retirar dos mais pobres, do povo que ainda sofre com os resquícios da escravidão, para aumentar os lucros dos grandes conglomerados econômicos e do capital externo que defendem a proposta. O projeto, que avança no Congresso, vai aprofundar a desigualdade e promover um grande retrocesso social no país.
O presidente da FENEPOSPETRO critica o argumento de que a reforma vai aumentar o número de vagas no mercado de trabalho. Segundo ele, a lei da terceirização, decretada em março, desmonta essa farsa, já que o empregado contratado por cooperativa desempenha a mesma função, no mesmo local de trabalho, e mesmo assim, ganha menos que o funcionário admitido pela empresa. Eusébio Neto afirma que se a reforma trabalhista for sancionada a precarização da mão de obra e o desemprego vão crescer no país.
De acordo com Eusébio, a proposta visa reduzir o custo e aumentar os lucros das empresas, através da precarização e da exploração da mão de obra. Eusébio Neto afirma que o projeto atende aos interesses dos parlamentares, que se não são empresários, estão a serviço dos seus financiadores de campanha. Ele frisa que a proposta defendida pelos parlamentares é um modelo de reforma trabalhista fracassado em mais de 60 países.
O presidente da Federação dos Frentistas do Estado de São Paulo, Luiz Arraes, participou ontem de um corpo a corpo no Senado e hoje junto com Eusébio Neto vai acompanhar a votação na CCJ.
Além do trabalho no Congresso Nacional, os dirigentes da FENEPOSPETRO se organizam nos estados para a grande manifestação contra o governo Temer e as reformas na próxima sexta-feira (30). Desde segunda-feira (26), o presidente da entidade, Eusébio Pinto Neto convoca a categoria para ocupar as praças e as ruas do país. “A força do trabalhador está na sua união. O governo está desacreditado e envolvido num mar de lama de corrupção, por isso essa é a hora de arregaçar as mangas para lutar pelos nossos direitos. Não podemos deixar que uma minoria aristocrática escravize os sonhos dos mais jovens e explore a mão de obra de mais de 46 milhões de empregados, que se encontram no mercado de trabalho forma e informal. Esse não é o futuro que projetamos para o nosso país”, diz.
ENQUETE - Mais de 135 mil internautas responderam à enquete do Senado sobre a reforma trabalhista. Do total, 95,7% rejeitaram as mudanças na legislação trabalhista propostas pelo governo. Apenas 5.709 pessoas disseram ser a favor. A rejeição à reforma também já foi expressada em manifestações populares que ocupam as ruas do país desde março deste ano.
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro