Via FENEPOSPETRO -
O acordo dos frentistas do Rio Grande do Norte será homologado hoje no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pelo presidente do sindicato da categoria, Raimundo Sena.
Em meio à crise econômica que dificulta a negociação salarial, e a ameaça de retirada de direitos dos trabalhadores, os frentistas do Rio Grande do Norte mostraram jogo de cintura e conquistaram aumento real nos salários na Convenção Coletiva desde ano. O presidente do Sindicato dos Frentistas, Raimundo Sena, conquistou para a categoria um reajuste salarial de 7,5%, o que representa um aumento real de 4,15% sobre a inflação de maio. Esse aumento real, no entanto, deve ficar superior, já que a categoria tem data-base em 1º de junho e o INPC deste mês - que serve de base para o reajuste dos salários - ainda não fechou. Agentes econômicos estão projetando uma deflação para junho.
Com o fechamento do acordo, o piso salarial da categoria passará para R$ 1.325,58, já incluso o adicional de periculosidade. No Rio Grande do Norte todos os trabalhadores, inclusive de lojas de conveniências, recebem o adicional de periculosidade.
Além do aumento salarial, o sindicato conquistou reajuste de 11% na cesta básica da categoria, que contém 22 quilos de produtos de alimentos in natura. A Convenção Coletiva também determina que as empresas concedam aos funcionários Equipamento de Proteção Individual (EPI) sem custo para categoria.
Raimundo Sena destaca que os trabalhadores estão sendo massacrados pela política econômica recessiva, que gera um excedente de mão de obra no mercado, e reduz o poder de negociação das categorias. Ele diz que a tendência hoje é retirar direitos do trabalhador e enfraquecer as entidades sindicais laborais. “Essa é a hora dos trabalhadores se unirem ao sindicato para tentar manter os seus direitos. Temos que estar organizados para vencer a pressão e derrubar as propostas do governo que vão promover um retrocesso econômico e social no país. Precisamos dizer não a exploração da mão de obra defendida na reforma trabalhista” concluiu.
O presidente do sindicato diz que as negociações deste ano foram difíceis, mas a categoria conseguiu fechar a Convenção Coletiva sem alterar as cláusulas conquistadas e sem precisar da intervenção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Raimundo Sena entrará nesta terça-feira (27), no MTE com o pedido de homologação da Convenção Coletiva 2017-2018.
SINDICATO
O Sindicato dos Frentistas do Rio Grande do Norte foi fundado em 1992 e representa cerca de 6.500 trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência no estado.
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro
