DANIEL MAZOLA -
Com a
permanente tarefa de divulgar as boas práticas sindicais no Brasil, na ultima
terça-feira (30) conversamos com o presidente da Força Sindical do Rio de
Janeiro e do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias, Carlos Alberto
Pascoal Fidalgo (foto), 63. O sindicalista também é diretor da Federação dos
Metalúrgicos do Estado do RJ e da Confederação Nacional dos Trabalhadores
Metalúrgicos.
Quando
nossa equipe chegou à sede da entidade, a diretoria estava reunida para eleger
os delegados que participarão do 8º Congresso Nacional da Força Sindical, que
acontece de 12 a 14 de junho, em Praia Grande (SP), e também avaliaram a
participação na Marcha Nacional dos Trabalhadores, dia 24 de maio, em Brasília.
Carlos
Fidalgo coordenou a plenária ao lado dos vice-presidentes Sílvio Campos e
Marcelo Gonçalves, e do secretário geral Isaac Wallace. “Nossa ação em Brasília foi importante e muito positiva. Mas não podemos
ficar de braços cruzados, enquanto as centrais nacionais decidem o calendário
da nova greve geral. Precisamos continuar nas ruas, nas portas de fábrica,
esclarecendo o trabalhador e a dona de casa sobre as reformas, que de reforma
não têm nada, pois não constroem, só destroem direitos. A mobilização tem que
continuar, na porta dos deputados, nas rodoviárias e praças”, defendeu o
presidente da Força RJ.
Diretoria reunida / Crédito: Rose Maria, Assessoria de Imprensa da Força RJ |
Segundo
informações do diretor de Imprensa e Comunicação da central, Alexsandro Diniz: “o Congresso Nacional da Força Sindical
discutirá e deliberará a agenda programática da central e a ação sindical para
os próximos quatro anos, além de eleger e dar posse à Direção Nacional, ao
Conselho Fiscal da Força Sindical e respectivos suplentes para mandato de
quatro anos”.
O
presidente Carlos Fidalgo defende que esse mostro chamado de “reforma” tem
diversas aberrações e que estão querendo fazer imensas covardias com os
trabalhadores. Entende ser necessário um plantão permanente na frente da casa
do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para incomodá-lo dia e
noite, no Rio e em Brasília. Segundo o sindicalista a Força Sindical do RJ realizou
em Brasília, dia 24, a maior mobilização já feita pela seccional do Rio de
Janeiro.
“Rodrigo Maia foi ditador conosco dia 24, está
a serviço dos capitalistas para perseguir o movimento sindical. O governo
mostrou seu despreparo e truculência na grande manifestação, e a mídia escondeu
isso. Falam de baderneiros e vândalos, mas não falam que são infiltrados
pelo próprio governo golpista (...). Falta democracia e respeito, e governo que
não nos respeita, também não merece respeito, esse governo está desmoralizado.
Agridem os trabalhadores de todas as formas. Uma coisa esse governo conseguiu
de bom, unir as centrais e a classe trabalhadora em torno do FORA TEMER! e DIRETAS
JÁ!”, afirmou Carlos Fidalgo.
“Estamos organizando a nova Greve
Geral para o final de junho. Não nos dão espaço para discutir, não querem
debater conosco (centrais, federações e sindicatos), querem aprovar esse lixo
na marra, sem nos consultar”.
O sindicalista também faz um alerta aos deputados: “nós, trabalhadores e sindicatos vamos derrubar esse governo e os
parlamentares que estiverem apoiando esses golpistas não vão mais se reeleger. Esse
é o pior Congresso da história do país, 90% desses parlamentares são o que tem
de pior na face da terra, defendem capitalistas da pior espécie. Na próxima
Greve voltarei para as portas das empresas. Vamos parar os ônibus, trens e metrôs,
vamos parar todos os transportes do Rio de Janeiro e do Brasil. Setores das categorias dos rodoviários, frentistas, construção civil e dos metalúrgicos são ligados a
nossa central aqui no Rio de Janeiro, vamos fazer o que for necessário para parar tudo,
por mais de 24 horas, talvez dias, só assim vamos garantir nossos direitos”.
Confira
agora a entrevista sem cortes com o lutador Carlos Fidalgo.