9.6.17

AVANÇO DAS REFORMAS NO CONGRESSO PREOCUPA FRENTISTAS DO RIO DE JANEIRO

Via SINPOSPETRO-RJ -

Os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência se mobilizam para participar da grande manifestação das centrais sindicais no próximo dia 30 de junho contra as reformas do governo Temer.


A diretoria do SINPOSPETRO-RJ se reúne, na manhã desta sexta-feira (9), na sede da entidade, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, para definir as ações que serão desenvolvidas junto aos trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência, para alertar a categoria sobre o risco da aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, no Congresso Nacional. Os dirigentes pretendem mobilizar a categoria para a grande greve geral marcada para o dia 30 de junho pelas centrais sindicais.

O presidente do sindicato, Eusébio Pinto Neto, diz que os trabalhadores precisam sair da zona de conforto e tomar consciência do que está sendo tramado contra a classe operária. Segundo ele, a única forma de vencer esse embate é o povo ir para as ruas protestar e mostrar a insatisfação contra as reformas. Eusébio afirma que 220 milhões de brasileiros não podem ser derrotados por uma minoria que quer controlar a economia do país, e retirar dos mais pobres para bancar a dívida que o governo tem com as instituições financeiras. “Temos que dar um basta na exploração, e essa é a hora de lutar pelos nossos direitos”, completa.

Eusébio Neto vai conclamar os frentistas para participarem das manifestações no dia 30 de junho, que ocorrerão nas principais cidades do estado. Ele denuncia que o país caminha para um grande retrocesso social com as reformas que vão empobrecer a classe trabalhadora. O presidente do SINPOSPETRO-RJ afirma que o desmonte da economia do país avança de forma assustadora. “Já entregaram as reservas de petróleo do pré-sal para as multinacionais e agora querem escravizar o povo brasileiro barateando o valor da mão de obra com a retirada de direitos”.

O presidente do sindicato alerta que se a reforma trabalhista virar lei, o trabalhador não poderá mais recorrer à Justiça para exigir os seus direitos. Ele condena a proposta que permite que o negociado entre patrão e empregado se sobreponha à lei. Eusébio Neto lembra que se hoje, a negociação entre o sindicato e a empresa se torna difícil, porque o patrão sempre tenta impor suas condições, com a aprovação do projeto, o trabalhador vai assinar o que for decidido pelo empregador.

Com relação à reforma da Previdência, Eusébio destaca que a categoria vai perder o direito a aposentadoria especial, após 25 anos de contribuição, como acontece hoje. Aposentadoria Especial é um benefício concedido aos trabalhadores que laboram em ambientes que apresentam riscos à saúde. A PEC da Previdência estabelece que só o empregado que comprovar que adoeceu por causa do ambiente de risco terá direito a aposentadoria especial. Eusébio Neto frisa que desta forma ninguém vai conseguir se aposentar, já que poderá morrer por consequências da doença antes mesmo de dar entrada no pedido do benefício.

Eusébio Neto espera que a categoria atenda a convocação do sindicato e lute pela manutenção dos seus direitos. Ele diz que o trabalhador que usa, hoje, a desculpa da falta de tempo para não participar das manifestações, amanhã poderá ter excesso de horas vagas, porque as reformas vão aumentar o número de desempregados no país.

* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ