CARLOS CHAGAS -
Em seu discurso de posse o novo prefeito de São Paulo, João Dória Junior, lançou o governador Geraldo Alckmin a presidente da Republica, em 2018. O país estava careca de saber, mas a liturgia expressa no lançamento não deixa dúvidas, apesar de Alexandre Kalil, ao assumir Belo Horizonte, não haver proposto a candidatura de Aécio Neves. A confusão no ninho tucano está deflagrada faz tempo, mas agora ficou oficializada.
Aécio conseguiu reeleger-se presidente do PSDB. Se deixar de ser o candidato, será sinal de que não merecia mesmo. A indagação resume-se apenas em saber porque partido o governador paulista irá concorrer. Sondagens e até convites não lhe faltam. Coisa parecida pode acontecer com José Serra. Por coincidência, igual a Aécio e Alckmin, o atual ministro das Relações Exteriores também foi derrotado para presidente.
Dos três tucanos, só um manterá a plumagem e o bico. Dois buscarão outro galho para pousar, mas tudo indica que nenhum vai recuar.
LEMBRANÇAS DO GENERAL CUSTER
Coube ao colega Ruy Castro, da Folha de S, Paulo, lembrar que nos idos do presidente José Sarney, Romero Jucá dirigiu a Funai. Não deixou saudades, pois quase dizimou a tribo dos ianomani, assolada pelas doenças peculiares ao homem branco. Também foi responsável pela entrega de boa parte do território do Amazonas, Pará e Roraima a madeireiros e mineradores. Ainda expulsou médicos e missionários da região, empenhados em atender os índios. Bem que os responsáveis pela operação lava jato poderiam te-lo apelidado de general Custer...