9.1.17

DAVI E GOLIAS - AS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Via FENEPOSPETRO -


Do livro “Davi e Golias”, a análise às resultantes positivas surgidas dos enfrentamentos em condições desfavoráveis  embala  o tema  aqui central: o papel das Negociações Coletivas. Principal vetor da função pública dos sindicatos, a atividade é para o bem estar social e crescimento da economia, determinante quando se revela cumpridora do  seu lema original. Os benefícios advindos dessa importante  via de ação e diálogo entre  trabalhadores e setor patronal, entretanto, não derivam tão somente de sua retórica mas, sobretudo, da capacidade de organização e unidade dos sindicatos. Uma tentativa de nivelar para baixo as prerrogativas  das Negociações Coletivas  é o que se pode depreender da  decisão do governo federal de reajustar o salário mínimo abaixo da inflação e sem ganho real ante o INPC.Tentar impor à sociedade uma interpretação tendenciosa do que significa esse mecanismo de avanço social é também o que se pode concluir da chamada “flexibilização na negociação entre empresa e empregado”, item previsto na minirreforma trabalhista. A imagem de legitimidade de que a Negociação Coletiva desfruta hoje  é resultado de mais de cem anos de luta  do movimento sindical. Resta aos seus representantes a tarefa permanente de defesa desse legado histórico.

Campanha Salarial

À frente da recém-iniciada Campanha Salarial  dos cem mil  Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniência de São Paulo, ação unificada entre seus dezesseis sindicatos filiados, a Federação Estadual dos Frentistas – Fepospetro, reafirma o compromisso contra a precarização de direitos e das condições de trabalho. Preservar as conquistas de mais de duas décadas de representatividade é no que se aferra a categoria, importante engrenagem de um  setor a que a crise apenas interrompeu, no recuo de 1,9% no volume nacional das vendas de combustíveis , o  ritmo de crescimento recordes  dos últimos anos, conforme dados da  Fecombustível, instituição patronal máxima do segmento. Para a Fepospetro, a negociação salarial segue sendo instrumento de resistência à degradação social contra a qual todos lutamos.

*Luiz de Souza Arraes, presidente da Federação Estadual dos Frentistas – Fepospetro-  é secretário de Negociações Coletivas da Federação Nacional dos Frentistas – Fenepospetro  e Diretor de Relações Internacionais da CNTC.