13.1.17

‘2 ARLINDOS’ ESQUENTAM OS AMANTES DO SAMBA NO RIVAL

DANIEL MAZOLA -

Seu Jorge, Arlindo Cruz, Rogê, Arlindo Neto / Foto: Iluska Lopes.
Rio de Janeiro - Arlindo Cruz e o filho, Arlindo Neto, ontem (12) à noite, esquentaram o palco do Teatro Rival Petrobras com o sensacional show do novo álbum, independente, ‘2 Arlindos’. Com 2 horas de duração, pai e filho cantaram, batucaram e tocaram sambas históricos, músicas novas e sucessos como ‘O Meu Lugar’ e ‘Ogum’, além de outras belas canções já conhecidas pelos amantes do gênero.

Este clima popular e familiar, agregador como o da roda de samba, está impregnado em ‘2 Arlindos’ que une duas gerações de sambistas cariocas. Com mais de 30 anos de estrada, 20 álbuns e 700 composições gravadas por outros artistas, Arlindo é ex-integrante do Fundo de Quintal - um dos mais tradicionais grupos de samba.

A ideia surgiu das nossas festas aqui em casa. A gente toca e canta em festa de São Jorge, festa de São João, é assim”, explica Arlindo Cruz, que preserva o modo de viver que aprendeu em sua infância. Surgida naturalmente no cotidiano familiar, a parceria entre pai e filho é festejada. “Compor com ele é uma realização. Eu fico bem mais tranquilo em saber que ele não está na rua, está do meu lado. Qualquer coisa eu estico a mão e seguro ele neste mundo perigoso”, entrega o pai zeloso.

É uma aprendizagem incrível, estou ao lado de um mestre, do melhor compositor para mim. Estou sempre aprendendo com ele. E ele, comigo um pouquinho, né? Estar com ele, conviver com ele, é espetacular”, diz, orgulhoso, o filho.

Arlindo Cruz e Daniel Mazola / Foto: Iluska Lopes
Em determinado momento Arlindo Cruz lança um carinhoso desafio: uma mulher negra com ‘cabelo samambaia’ deveria subir ao palco e sambar de verdade. Surge a rainha de bateria da Escola de Samba Cubango, Thaís Macedo, que além de sambar cantou a música “Num corpo só”, sucesso na voz de Maria Rita.

Com ênfase no banjo e cavaco, a dupla estava acompanhada de seis outros músicos de primeiríssimo time. No fim da roda de samba da família Cruz, surpreendentemente, aparece no palco outro bamba, Seu Jorge. Então encerram com a música, ”Amiga da minha mulher”.

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