Via UGT -
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira, 29 de novembro, projeto de lei que estipula um limite para os juros do cartão de crédito no Brasil. O teto seria o dobro da taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), ou seja, aproximadamente 28%, uma vez que, atualmente, o CDI é de cerca de 14% ao ano.
O projeto, de autoria do senador Ivo Cassol (PP-RO), segue agora para votação no Senado e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) espera que o texto seja aprovado.
A central sindical foi pioneira em debater e reivindicar os juros abusivos cobrados pelas operadoras de cartão.
Em setembro deste ano, a taxa anual média do juro do cartão no Brasil foi de 436%, mas já em 2012, a UGT lançou uma campanha nacional contra essa cobrança abusiva, que representa um assalto ao bolso do consumidor e à economia do País. À época, os juros chegavam a 600%.
Na ocasião, a UGT montou uma guilhotina, que passou por diferentes Estados brasileiros, para simbolizar a ameaça constante que pairava sobre os consumidores endividados no cartão de crédito.
“A classe média, base da pirâmide de consumo, constituída em boa parte de trabalhadores e aposentados, recorre ao cartão de crédito e acaba sendo massacrada pelas cobranças abusivas dos juros”, esclarece Ricardo Patah, presidente da UGT.
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13º salário deve injetar R$ 196,7 bilhões na economia
Até dezembro de 2016, estima-se que deverão ser injetados na economia brasileira aproximadamente R$ 197 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário.
Este montante representa cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do País e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos Estados e municípios.
Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional de, em média, R$ 2.192, de acordo com estimativas do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O número de pessoas que receberá o 13º salário este ano é cerca de 0,2% superior ao calculado para 2015.
Comparando com 2015 , quando o valor teria sido de R$ 182 bilhões, a quantia apurada neste ano indica crescimento da ordem de 8,2%, o que significaria aumento de 0,6% acima da inflação prevista para 2016. Se observados apenas os trabalhadores do setor formal, estima-se queda real de -3,4% no montante pago.
A parcela mais expressiva do 13º salário (50,9%) deve ficar nos Estados do Sudeste, região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.
O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.230) e o menor, no Maranhão e Piauí, Estados com média próxima a R$ 1.450,00 (sem considerar o pessoal aposentado pelo regime próprio dos Estados e dos municípios).
Para os empregados do setor formal, até o final de 2016, a estimativa é de que R$ 132,5 bilhões serão pagos como 13º salário aos 47,4 milhões de trabalhadores formais do setor público e privado no Brasil, excluídos os empregados domésticos. O valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 2.794. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços, equivalente a R$ 3.190; a indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 2.967; e o menor foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 1.669.