ILUSKA LOPES -
A privatização de empresas estaduais de água poderia servir para quitar dívidas de governos com a União, apesar dos riscos de lesa-pátria.
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Agora mais essa, não bastassem tantos
ataques covardes... o governo do presidente Michel Temer, vai
oferecer nos próximos dias, aos Estados praticamente falidos como é o caso do
Rio de Janeiro, uma alternativa para quitar suas dívidas. Conforme apurou
recente reportagem do Correio
do Brasil junto à fonte no Palácio do Planalto, que
prefere o anonimato por temer represálias do grupo político que assumiu a
gestão do país, após o golpe de Estado em curso, a saída oferecida aos
governadores é de privatizar o sistema de distribuição de água. A Companhia
Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), com um valor de mercado em cerca de R$ 4
bilhões, uma vez privatizada, seria suficiente para desafogar o orçamento
deficitário do Estado.
A privatização de empresas
estaduais de água poderia, assim, servir para quitar dívidas de governos com a
União. Os Estados que concordarem com a venda de suas empresas de saneamento
usariam o resultado obtido nos leilões para quitar débitos federais. Temer
cogita, ainda, a possibilidade do acesso a empréstimos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), caso houvesse esta contrapartida,
como garantia.
Na manhã desta sexta-feira, a
última de 2016, o ocupante do Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles, não
escondeu que há um plano em marcha para estabelecer novas bases para a
negociação das dívidas dos Estados. Meirelles afirmou que o governo está
analisando soluções para os Estados em situação mais crítica de endividamento.
Mas deixa claro que eles precisarão estar, de fato, com problemas de solvência
para se enquadrar no projeto de recuperação fiscal. “Estamos analisando o que
fazer com os Estados em situação mais crítica", afirmou, em conversa com
jornalistas.
Em setembro último, um
protesto contra a privatização da Cedae reuniu pelo menos 10 mil pessoas, entre
funcionários da empresa e populares, no Centro do Rio. A concentração aconteceu
na Igreja da Candelária e os manifestantes seguiram, em passeata, rumo ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O entreguismo
subserviente é a principal marca do proeminente canalha...