EMANUEL CANCELLA -
Em novembro de 2014, o jornal O Globo já fazia lobby por empreiteiras estrangeiras, em especial as estadunidenses (1). Isso em matéria de uma página inteira de domingo e com chamada na capa.
Prestando o mesmo serviço aos gringos veio a ação irresponsável da Lava Jato, com o juiz premiado da Globo (5) e dos EUA (4), fechando empresas e paralisando obras, em especial da construção naval.
O combate à corrupção é fundamental! E a Lava Jato agiria corretamente ao prender os corruptos e corruptores se suas ações e vazamentos não fossem seletivos, se não fizesse grampos ilegais e não ficasse com 10% dos valores de contratos de leniência, contrariando até decisão do STF. E, principalmente, protegesse a engenharia nacional e os empregos dos brasileiros.
Isso porque os executivos podem ser presos, mas as obras não poderiam parar, de jeito nenhum, evitando assim o desemprego e a queda no PIB. A Lava Jato sabe que isso é possível e faz o Brasil parar não por desconhecimento de causa até porque o chefe da operação, o juiz Sérgio Moro, estudou nos EUA.
Na quebradeira de 2008, nos EUA, várias empresas envolvidas em corrupção na chamada bolha imobiliária, entre elas a GM o Citibank, continuaram a funcionar normalmente enquanto seus dirigentes respondiam na Justiça. Com isso não houve demissão nem queda do PIB.
Aqui, a Lava Jato está parando o Brasil. Só a principal construtora brasileira, a Odebrecht, já demitiu cem mil trabalhadores no Brasil e, como resultado de outras investigações, na conta de Sérgio Moro, há cerca de dois milhões de desempregados e queda de 5% no PIB.
A Odebrecht, a mais importante construtora brasileira e geradora de emprego no país e no mundo, é também responsável também por desenvolvimento e construção na indústria bélica, como a construção do submarino nuclear e de mísseis de curto e longo alcance. Tudo isso está parado!
Na indústria naval havia geração de emprego e renda no Brasil, principalmente nas encomendas que vêm da Petrobrás, como a construção de navios e plataformas. Agora, a mando do presidente tucano Pedro Parente, as encomendas vão para o exterior, gerando emprega e renda para os estrangeiros (2).
Pedro Parente, além de ministro responsável pelo apagão no governo de FHC, foi presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, quando navios e plataformas eram construídos no estrangeiro. Lula retomou a indústria naval, mas de novo, Pedro Parente prefere dar emprego a gringo do que a nosso povo.
A Lava Jato usa o mote de combate à corrupção para enganar o povo, o que ela quer mesmo é colaborar com os americanos. Se o critério fosse o combate à corrupção, a primeira empresa a ser investigada seria a Globo que apoiou o golpe contra o presidente Getúlio Vargas; colaborou e cresceu à sombra da ditadura militar e apoiou o golpe contra a presidente Dilma.
Como se não bastasse, a Globo sonegou o Imposto de Renda da transmissão da copa do mundo de 2002, está envolvida nos escândalo de lavagem de dinheiro no Swssleaks e Panamá Papers e é a principal suspeita do escândalo de corrupção da Fifa, já que as transmissões esportivas internacionais são monopólio da Globo.
Falando em desemprego, até a Fiesp, que bateu panela pela saída de Dilma, agora reclama do golpe: “Empresários vão à Justiça para que o golpe apoiado pela Fiesp não destrua a indústria naval”.(3)
O livro A outra Face de Sérgio Moro reúne um conjunto de artigos esclarecendo o papel da Globo, Moro e Pedro Parente no desmonte da Petrobrás e da indústria nacional. Na ocasião esses artigos eram também enviados à grande mídia, mas nunca foram publicados.
Fonte:
*Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)