Via UGT -
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade que representa 1.310
sindicatos e 10 milhões de trabalhadores, está indignada com as
propostas de reforma trabalhista que foram divulgadas na quinta-feira
(8), pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira e contemplam a
ampliação da carga horária de trabalho para até 12 horas diárias, além
da inclusão de contratos por produtividade e por horas trabalhadas.
“As mudanças são radicais de mais, foram elaboradas e apresentadas
sem levar em conta a opinião dos trabalhadores e, acima de tudo,
representa uma grave precarização as condições de emprego e colocam em
risco a saúde dos profissionais”, disse Ricardo Patah, presidente
nacional da UGT.
O líder ugetista enfatizou que o momento de recessão econômica, em
hipótese alguma pode ser usado como pretexto para a retirada de direitos
adquiridos, há muito tempo, pelos trabalhadores.
“Parece que o governo Temer é composto por empresários. Parece que o
empresariado tomou o poder e quer colocar tudo na conta dos
trabalhadores”, afirmou Patah.
Segundo Patah, antes de mexer em direitos dos trabalhadores, o
governo deveria fazer sua lição de casa e levar a cabo a reforma da
administração pública, com vistas a economia dos gastos. “Olha o salário
médio de um trabalhador e compara com o de um parlamentar, um ministro
ou um juiz”, criticou.