27.8.16

JORGINHO GUINLE, O DONO DA FESTA

ALCYR CAVALCANTI -

"Vivi o que quis, quando eu quis"
"Nenhum Play Boy de hoje pode ser meu sucessor.
Todos tem um grave defeito: Eles trabalham"
Jorge Guinle

Jorge Guinle se estivesse vivo iria fazer 100 anos muito bem vividos. Morreu em 2004 com 88 anos em seu "castelo" preferido, o Copacabana Palace, onde passou a maior parte de sua vida. Suas festas pareciam não ter fim. Foi o último Play Boy em uma época que não volta mais, se gabava de nunca haver trabalhado, amante do jazz, se dizia marxista-leninista e acreditava em uma melhor distribuição de riquezas, talvez onde todos em um Nirvana tropical, em vez de cachaça beberiamMoet et Chandon.


Jorginho passou a vida entre Rio, Paris e Nova York. Teve muitas e muitas namoradas, apesar de ter pouco mais de 1,60m de altura, o que não o impediu de conquistar algumas das mais belas mulheres do mundo, como Ava Gardner,  Heddy Lamarr, Jayne Mansfield, Romy Schneider, Kim Novak  e outras menos famosas. Foi casado com Dolores Sherwood Bosshard com quem teve Jorge Eduardo artista plástico já falecido, depois com Ionita Salles Pinto, locomotiva das noites cariocas que teve Georgiana, e sua terceira esposa foi Maria Helena que lhe deu um filho Gabriel. Teve muitas namoradas no Brasil, entre outras Marta Rocha e Tania Caldas. Sua amizade com músicos de jazz levou-o a escrever "Jazz Panorama" em 1953, para muitos críticos uma obra completa. Escreveu também "Um Século de Boa Vida" em 1997. Era um gentleman, extremamente bem educado e com ótimo relacionamento, deixou várias pessoas amigas na sociedade brasileira.


Acometido por um aneurisma foi internado em estado grave, mas pediu para passar seus últimos momentos no lugar que mais amava, o Copacabana Palace. Antes de partir pediu para tomar um chá inglês e que colocassem um disco de saxofonista e compositor norte americano John Coltrane.