9.3.16

A PETROBRAS NÃO ESTÁ QUASE PARALISADA, PARALISADO ESTÁ O GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Por BRUNNA BELISARIO -

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Uma vergonha, o pagamento do servidor estava agendado para dia 09/03 (quarta-feira) e na véspera, ao final da tarde, o Estado solta essa nota adiando o evento para sexta-feira 11/03. E como ficam nossos compromissos e obrigações ? Essas desculpas são esfarrapadas. É preciso maior transparência nessa conta do governo. Mostrem, escrever é mole. E a Petrobras não está quase paralisada (lá se trabalha, tem lucro, tem dinheiro em conta e em caixa e não atrasam salários). Paralisado está o RJ com essa administração copiada de Piraí. Basta, estamos sendo enrolados desde dezembro passado. Pezão está desgovernado e humilhando os servidores. Se a gestão está tão ruim, mudem esse Secretário de Fazenda que é um fracasso. Mais respeito com o servidor, não somos moleques!

Pagamento de servidores será feito na próxima sexta-feira

O Governo do Rio informa que o pagamento da folha de fevereiro dos servidores ativos, inativos e pensionistas será feito nesta sexta-feira (11/3). O Estado pede a compreensão dos seus servidores e pensionistas, porém a postergação é necessária devido ao agravamento da crise financeira fluminense, provocada pelo aprofundamento da desaceleração da economia brasileira, recuo nos investimentos da Petrobras e queda nos preços do petróleo. O pagamento estava inicialmente previsto para esta quarta-feira (9/11). O valor a ser desembolsado pelo governo do Estado será de R$ 1,445 bilhão a 468.621 servidores, sendo 220.323 ativos, 153.463 inativos e 94.835 pensionistas.

A forte recessão da economia brasileira, confirmada pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na semana passada pelo IBGE, está afetando todos os Estados brasileiros, em particular o Rio de Janeiro, cuja economia tem, pela sua vocação natural, forte peso do petróleo, cujos preços vêm despencando desde 2014. O PIB do país despencou 5,9% no último trimestre de 2015 ante igual período do ano anterior. O resultado ilustra a dimensão da crise econômica que castiga todas as unidades da Federação, obrigando vários Estados a postergar ou parcelar o pagamento dos salários.

A quase paralisação das atividades da Petrobras, empresa que tem 80% das suas atividades no Estado do Rio de Janeiro, agrava significativamente a crise das finanças fluminenses. A partir do último trimestre de 2014, houve uma intensa mudança na arrecadação do Estado, provocada pela forte queda nos preços do petróleo, setor que representa 30% do PIB do Estado.

O principal efeito da queda do preço do petróleo no Estado do Rio de Janeiro é na arrecadação com royalties. A receita com royalties despencou 38% em 2015, passando de R$ 8,7 bilhões em 2014 para R$ 5,5 bilhões no ano passado. Ainda em 2015, a arrecadação de ICMS do segmento de “petróleo, combustíveis e gás natural” despencou, em termos reais (descontada a inflação), 19,4% em relação a 2014. O preço do barril do petróleo caiu de US$ 110 em junho de 2014 para US$ 65 em junho de 2015. A média do mês passado foi de US$ 30.

O governo do Estado mantém, como máxima prioridade, o pagamento dos salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas. Os esforços para geração de receitas extraordinárias que permitam enfrentar as turbulências econômicas prosseguem.

Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo