Via Congresso em Foco -
“O governo atual, no afã de ser reeleito, fragilizou nossa economia, está destruindo nosso mercado de trabalho. O eleitorado foi enganado”, discursou o senador Eduardo Amorim.
Depois de o PDT, com seus
19 deputados, e o PTB (25) terem anunciado independência em relação à base
aliada na Câmara, na semana passada, o líder do PSC no Senado, Eduardo Amorim
(SE), comunicou em Plenário na noite desta terça-feira (11) que seu partido
passará a compor as fileiras da oposição ao governo Dilma Rousseff. Único
representante da sigla na Casa, Amorim fez a ressalva de que fará um embate
construtivo e “vigilante”.
“A direção que o governo
atual adotou não permite mais ao PSC caminhar ao seu lado. Estaremos, como
sempre, caminhando ao lado do Brasil, buscando o melhor para o nosso país. Mas
o caminho do bom combate, hoje, com toda convicção, é o caminho da oposição”,
declarou Amorim.
O senador lembrou que a
decisão de alinhamento à oposição foi tomada em convenção nacional da legenda,
em 17 de julho, quando foi eleita a atual diretoria executiva. Na ocasião, o
ex-presidenciável Pastor Everaldo foi eleito presidente nacional do PSC.
“O PSC não se absterá do
diálogo e do entendimento, mas não pode concordar com tanta desconstrução com
que o atual governo vem sufocando o nosso país. Como tenho repetido sempre aqui
da tribuna do Senado, o governo atual, no afã de ser reeleito, fragilizou a
nossa economia, está destruindo o nosso mercado de trabalho, comprometendo a
confiança do empresariado interno e externo. De fato, o eleitorado brasileiro
foi enganado”, discursou o senador.
Na Câmara, onde tem 13
deputados, o partido tem ocupado postos importantes graças à sintonia com o
presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Líder da bancada, o deputado André
Moura (SE), um dos principais aliados de Cunha, foi escolhido relator da
comissão que promoverá a reforma tributária, por exemplo.
Segundo o G1, a presidenta
Dilma Roussseff reagiu ao esfacelamento da base se reuniu com o presidente do
PDT, Carlos Lupi. Segundo o ex-ministro do Trabalho, Dilma lhe fez um apelo
para que o partido volte à base. Líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE)
disse que a legenda deixou a base, mas não abandonou a petista. Segundo o
deputado cearense, a bancada de 19 deputado é “totalmente contra” um eventual pedido
de impeachment presidencial.



