Via Agência Brasil -
O brasileiro está mais pessimista em relação ao governo Dilma
Rousseff. Para 61% dos entrevistados em junho pela Pesquisa CNI-Ibope, o
governo de Dilma será ruim ou péssimo, daqui para a frente.
Na pesquisa anterior, de março, este percentual estava em 55%. Caiu
de 14% para 11%, de março para junho, o percentual dos que têm uma
expectativa positiva em relação a Dilma Rousseff, ou seja, dos que
consideram que o governo dela será ótimo ou bom até o final do mandato
em vigor. O percentual dos que têm uma expectativa regular em relação ao
governo caiu de 25% para 23%.
De acordo com o levantamento divulgado hoje (1º), pela CNI, o
percentual de pessoas que consideram que o segundo mandato da presidenta
está pior do que o primeiro subiu de 76%, em março, para 82% em junho. O
percentual dos que consideram o atual mandato melhor caiu de 4% para
3%. Segundo a pesquisa, 14% acreditam que o segundo mandato será igual
ao primeiro.
O governo Dilma Rousseff é considerado ruim ou péssimo para 68% da
população em junho – quatro pontos percentuais acima dos 64% registrados
em março. O percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom
caiu de 12% para 9% no mesmo período.
Para 21%, o governo da presidenta é avaliado como regular. A pesquisa
informa que 83% dos brasileiros desaprovam e 15% aprovam a maneira de a
presidenta governar. Na pesquisa anterior, referente a março, estes
percentuais estavam em 78% e 19%, respectivamente. Segundo a pesquisa,
78% dos brasileiros não confiam enquanto 20% confiam na presidenta, Em
março, estes índices estavam em 74% e 24%, respectivamente.
Por área de atuação, segundo a pesquisa, a que apresentou resultado
mais positivo foi a de combate à pobreza, com 29% de aprovação e 68% de
desaprovação. Em segundo lugar destacam-se as ações na área de meio
ambiente, aprovadas por 27% dos pesquisados e desaprovadas por 63%. As
ações na área de educação foram aprovadas por 24% e desaprovadas por
74%, enquanto o combate ao desemprego foi aprovado por 15% e reprovado
por 83% dos brasileiros. Segurança pública e saúde foram áreas aprovadas
por 15% e 14%, respectivamente. Os percentuais de desaprovação nessas
áreas estão em 83% e 84%, respectivamente.
As áreas de atuação que registraram os piores índices foram taxas de
juros (com 6% de aprovação e 90% de desaprovação), impostos (setor
aprovado por 7% e desaprovado por 90%) e combate à inflação, área que
teve 11% de aprovação e 86% de desaprovação. Todas as áreas registraram
piora nas avaliações a partir de dezembro de 2014.
A pesquisa informa que a percepção da população sobre o noticiário é
desfavorável para o governo, percentual que alcança 64% dos brasileiros.
Em março este índice estava em 72%. Para 8% dos brasileiros, a
percepção é que as notícias são favoráveis (um ponto percentual abaixo
dos 9% registrados em março), enquanto 17% avaliam que as abordagens
sobre o governo na mídia não são nem favoráveis nem desfavoráveis. Antes
este percentual estava em 13%.
Os assuntos do noticiário mais lembrados pela população foram:
Operação Lava Jato, escândalo que envolve a Petrobras (20%); mudanças
implementadas na aposentadoria (16%); mudanças no seguro desemprego
(8%); corrupção no governo (6%); e inflação (4%).
A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho a partir de 2002
entrevistas feitas em 141 municípios. A margem de erro é 2 pontos
percentuais, para cima ou para baixo. Segundo a CNI, o grau de confiança
nos números apresentados pela pesquisa alcança 95%.



