Via Congresso em Foco -
Por conta dessa declaração, um grupo de
deputadas se manifestou em Plenário dizendo o refrão: “a violência
contra a mulher não é o Brasil que a gente quer!”
O presidente regional do DEM no Distrito Federal, Alberto Fraga, fez uma
declaração polêmica na noite desta quarta-feira, durante a discussão
das medidas provisórias [MPs 664 e 665] que mudam as regras de concessão
do seguro-desemprego e dificultam o acesso à pensão por morte. Para
ele, “mulher que bate como homem tem que apanhar como homem também”.
Por conta dessa declaração, um grupo de deputadas se manifestou em
Plenário dizendo o refrão: “a violência contra a mulher não é o Brasil
que a gente quer!”.
A confusão aconteceu após desentendimento entre a líder do PCdoB,
deputada Jandira Feghali (RJ), e os deputados Roberto Freire (PPS-PE) e
Alberto Fraga.
O desentendimento começou depois que o deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP) exigiu punição aos manifestantes contrários à Medida
Provisória 665, que jogaram cópias de notas de dólar sobre o Plenário.
“Atirar objetos no Plenário da Câmara é inaceitável. Quero que determine
quem veio aqui e tomemos as medidas cabíveis para demonstrar que não se
aceita a intolerância verificada no Plenário.”
Roberto Freire comentou que, durante a votação da proposta que
regulamenta a terceirização (PL 4330/04), manifestantes agrediram o
deputado Lincoln Portela (PR-MG) e nenhum deputado do PCdoB e do PT
defendeu o parlamentar.
Depois, quando Orlando voltou a falar, Freire tentou interrompê-lo e
foi impedido pela deputada Jandira Feghali. “Só não é aceitável que na
divergência se toque nas pessoas”, disse Feghali. Já o deputado Alberto
Fraga criticou a conduta de Jandira e defendeu a violência contra
mulheres que agridem homens. “Ah, o que que é isso… Mulher que bate como
homem tem que apanhar como homem também. Que história é essa?”, disse
Fraga.
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) também criticou o discurso de
Fraga. “A ameaça de qualquer parlamentar não vai me intimidar em 0,01%
nas ações contra esse tipo de medida machista, violenta e retrógada. A
fama dele no Distrito Federal de matador ou qualquer coisa não vai me
intimidar”, afirmou Braga.
Alberto Fraga respondeu que a fama dele era de um homem de palavra
que enfrentava problemas com firmeza. “O que não aceito é a cretinice, a
hipocrisia de se dar de vítima. O povo me elegeu como mais votado e não
vai ser um guri que vai me calar”, disse.
*Com informações da Agência Câmara.



