HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
A situação do governador Beto Richa vai se complicando cada vez mais,
Não existe correligionários ou adversários, só opinião pública, e toda contra
ele. E é quase impossível acompanhar os fatos, eles acontecem numa incrível
velocidade. O que se fala ou escreve num dia, já é mais grave no dia seguinte.
O Secretario de Educação saiu, e de Segurança não se aguentou. Logo a
seguir foi o comandante da Policia Militar. Cesar Kogut, que entregou o cargo.
nem disfarçou, afirmou: "Não existem condições para ficar no
comando".
Enquanto isso, além dos 200 professores atacados a bomba e gás,
apareceram alguns, com denuncia gravíssima: "Foram agredidos e violentados
dentro do Palácio do próprio governador. este mandou fazer investigações
imediatamente, de que adianta? Se tivesse tomado providencias no ato, tudo
seria diferente. Mas preferiu aplaudir e se solidarizar com a violência.
Resposta
Fabiano Campos, nenhuma surpresa de terem ”desaparecido” com meu nome na televisão. Há anos não apareço, apesar da minha forma de expressão ser a palavra escrita, mas também a palavra falada. A explicação é obvia e repetida.
Fabiano Campos, nenhuma surpresa de terem ”desaparecido” com meu nome na televisão. Há anos não apareço, apesar da minha forma de expressão ser a palavra escrita, mas também a palavra falada. A explicação é obvia e repetida.
Celina Victoria diz que seu professor de jornalismo do Espírito Santo,
leu na aula um artigo do repórter em plena ditadura de 64. Silvana Penha, no
mesmo sentido, quer saber como encontrar uma Tribuna de 1980.
Celina, por favor, agradeça ao professor e teus colegas, outros
professores de varias partes do país repetem o que sai aqui. E um número
incalculável de pessoas pede exemplares de várias épocas. A Tribuna está
fechada desde dezembro de 2008, é impossível entrar lá.
Em 2013, grupo que fazia um filme que se passa numa redação destruída,
me pediu, autorizei que fossem lá. Subiram, total impossibilidade. Sem energia,
computadores, água só ratos e baratas, desistiram.
60 anos de Historia, sepultados naqueles arquivos agora sem acesso.
Fundada em 1949, enfrentou e participou dos maiores acontecimentos. Gostaria de
poder ler e republicar, não apenas artigos do repórter, mas de notáveis
jornalistas, que começaram ou se consagraram lá. Muitos. Incontáveis.
Jornais do mundo inteiro (incluindo o Brasil) digitalizaram ou estão
nesse processo. Pouco antes de interromper a circulação, caminhávamos e
conversamos para que os arquivos da Tribuna de papel, fossem preservados.
O momento é importantíssimo com a constatação de historiadores,
cientistas políticos, até economistas, de que existe uma realidade admirável,
que chamaram de memoriahistoria. (Assim, juntos, sem nenhum traço, eles mesmos
consideraram que é um nome grande, mas não podem separar, é ao mesmo tempo
história e memória).
Antigamente, intelectuais respeitados, se
recusavam a aceitar qualquer modificação, diziam convictos: "A história é
objetiva, a memória é subjetiva". Agora, professoras da mesma
escola, aceitam até com entusiasmo, que a história possa ser preservada ou
revelada com depoimento da memória.
Dois escritores e pesquisadores da Alemanha, estudando o crime tenebroso
e horroroso que foi o Holocausto, confessaram: "Se tivessem naquela época
acreditando na importância da memória, não teríamos perdido um tempo
precioso".
E em conferencia e livros não traduzidos do alemão para o português
defendem: "Ficamos interessados em descobrir provas, documentos, casamatas
já quase destruídas, esquecemos de ouvir os sobreviventes".
Terminando: "Homens e mulheres, com 30, 40, 50 ou 60 anos, poderiam
ter contato ou lembrado apenas com a memória, fatos importantes". Ficaram
isolados na busca de papéis, não lembraram do que os sobreviventes poderiam
contar, eles mesmo garantem: "Até com algumas imprecisos momentâneas,
nenhuma importância".
(Um dos maiores entusiastas da memoriahistoria, é o professor, alemão,
Andreas Huyssen, escritor, historiador, pesquisador, crítico, originariamente
de arquitetura e literatura).
PS- Ontem comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com
a rendição incondicional da Alemanha nazista. Na verdade o Japão não se rendeu,
obrigando o irresponsável presidente Truman, a jogar duas bombas atômicas sobre
Hiroshima e Nagazaki, matando 300 mil pessoas, estarrecendo o mundo.
PS2- A festa de ontem começou muito justamente na Polônia, massacrada
pela Alemanha e União Soviética, do dia 1º de Setembro de 1939. Hitler
atravessou a Europa inteira e invadiu o país, enquanto Stalin, vindo pela
fronteira da Ucrânia, completava a barbaridade.
PS3- O primeiro ministro da França, Daladier e o da Grã-Bretanha,
Chamberlain, que "contemporizavam" com o ditador da Alemanha,
"declararam guerra", e foram demitidos.
PS4- Churchill assumiria no Reino Unido, foi o Primeiro Ministro que
sustentou a guerra por 2 anos, quase sozinho. Os EUA só surgiram em 7 de
dezembro de 1941, provocados pelo ataque de Pearl Harbour.
PS5- Angela Merkel, sem constrangimento, foi muito cumprimentada. Países
fora da Europa, também festejaram. Dona Dilma (o Brasil participou da guerra na
Itália) ia comemorar no Monumento dos Pracinhas. Impedida de sair dos Palácios,
"comemorou" lá mesmo no Planalto.
PS6- Putin, preferiu comemorar amanhã, domingo. convidou países da UE
(União da Europa), nenhum aceitou. A China está mandando um Ministro
importante, Jaques Wagner, Ministro da Defesa, já está lá.
Comentários através do e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
À Tribuna da Imprensa online-Helio
Fernandes.
O jornal humorístico francês “Charlie Hebdo”
recebeu o prêmio da Associação Literária e de Defesa da Liberdade de Expressão
Americana (PEN, na sigla em inglês) no dia 5 de maio, em cerimônia realizada no
Museu de História Natural, em Nova York, nos Estados Unidos. Ocorre que mais de
200 escritores assinaram uma carta aberta criticando a premiação, e dezenas
cancelaram a presença no evento por considerarem as publicações do veículo
ofensivas aos muçulmanos, e promotoras da intolerância cultural.
Noticias divulgadas, revela que a divisão de
opiniões sobre a escolha do jornal “Charlie Hebdo” iniciou dentro da
organização do prêmio, quando seis membros da PEN American Center foram
contrários à escolha, com o apoio de outros 140 integrantes. “Para uma parcela
da população francesa que já é marginalizada e vitimizada, marcada pelo projeto
colonial francês e que possui uma grande quantidade de muçulmanos, os cartuns
de Maomé no ‘Charlie Hebdo’ devem ser vistos como tendo o objetivo de causar
ainda mais humilhação e sofrimento”, afirma um dos trechos da carta assinada
por mais de 200 escritores de todo o mundo.
Em nota resposta, a PEN American
Center, associação internacional de escritores que defende aqueles que são
perseguidos, presos e mortos por suas opiniões, alegou que o jornal francês
pagou “o preço definitivo” pelo exercício da liberdade de expressão, e que
merecia ser reconhecido “por ter enfrentado um dos atentados mais nocivos na
memória recente”.
Afinal, pelo que li acima, tudo indica que o
“Charlie”, está passando de vitima para autor. – Reginaldo de Andrade – Santos
– SP


