EMANUEL CANCELLA -
A Central Intelligence Agency – CIA , central de inteligência americana, conspira contra o Brasil e a Venezuela! Essa mesma CIA foi a autora intelectual da “Primavera Árabe” que derrubou, entre outros governantes, Saddam Hussein do Iraque e Muammar AL-Gaddafi, da Líbia.
Os protestos nesses países mobilizaram,
de uma hora para outra, milhões de pessoas, que tinham como objetivo a
volta da democracia; entretanto mesmo mudando os governantes, a
democracia não progrediu no Oriente médio, principalmente por culpa dos
EUA e da Europa que cooptam governos desses países em torno de
interesses comercias, em prejuízo da maioria de sua população pobre. Na
verdade, os EUA e seus aliados europeus só estavam de olho era no
petróleo, principalmente do Iraque e da Líbia.
Aliás, essas guerras contemporâneas
têm como pano de fundo o petróleo, como também com o gás, ambos
fomentadores da crise na Ucrânia, envolvendo a Rússia, EUA e Europa.
Agora, os EUA e a Europa se voltam para o cone sul para derrubada do
governo do Brasil e da Venezuela. A Venezuela tem a maior reserva de
petróleo do planeta, passando a Arábia Saudita, e o Brasil fez a maior
descoberta de reserva de petróleo dos últimos tempos, com o pré-sal. Os
EUA só têm petróleo para os próximos três anos.
Os atuais governos do Brasil e da
Venezuela são vistos pelo EUA e seus aliados como parte do “Eixo do
Mal”, por isso, na sua lógica maldita e tirana, entendem que esses
governos precisam ser derrubados. Quem duvida dessa tese de conspiração
internacional contra o governo do Brasil e da Venezuela, leia o livro:
“Confissões de um Assassino Econômico”, escrita pelo próprio
ex-assassino econômico, John Perkins.
Pessoas como Edward Joseph
Snowden, ex-administrador da CIA, e Julian Assange, um dos membros e
coordenador do wikileaks, viraram persona não grata pelo EUA e ameaçados
de prisão e morte porque, através de fatos, denunciaram a conspiração
ilegal americana contra vários países, inclusive o Brasil e a Venezuela,
na questão petróleo.
O poder americano é muito grande e não
percebido pelo restante da humanidade. Para se ter ideia, os EUA
apertaram um botão e desligaram a internet da Coréia do Norte. É como se
alguém estranho e à distância desligasse a luz de sua casa! E ainda,
mobilizaram, através das redes sociais, milhões de árabes que realizaram
o movimento Primavera Árabe. Aqui no Brasil, milhões de brasileiros
foram às ruas contra o governo Dilma, mas, com certeza, não buscavam
avanços sociais, muito menos a democracia.
Se no Oriente Médio, a ferramenta para a
mobilização foram as redes sociais, no Brasil quem mais mobilizou foi a
Globo, que apoiou e cresceu à sombra da ditadura e que foi extremamente
beneficiada pelo grupo Time Life americano.
O presidente Getúlio Vargas, que criou a
Petrobrás, recebeu, antes de seu suicídio, a visita do dono dos diários
associados, Assis Chateaubriand, que era a Globo da época, que lhe
propôs: “Esqueça a Petrobrás que paramos de lhe criticar e vamos lhe
apoiar”. Getúlio Vargas preferiu a morte!
A presidente Dilma disse na campanha
eleitoral que o pré-sal era nosso passaporte para o futuro, e depois
reafirmou a defesa intransigente do nosso pré-sal. Mas estranhamente, o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga afirmou em tribuna do Senado
Federal, publicada no jornal O Globo, de 8 de maio,: “que a Petrobrás
pode deixar de ser a única operadora do pré-sal”. Disse também que “o
conteúdo local fez grande diferença, mas não significa dizer que não
deveremos revisitar a legislação do conteúdo nacional”, e questionou a
partilha que garante para Petrobrás o mínimo de 30% dos campos do
pré-sal, estranhamente fazendo coro com o senador José Serra, do PSDB.
O tucano de São Paulo, em 2009, já tinha
prometido à Chevron americana, segundo denúncia do wikileaks, publicada
na Folha, que iria mudar a lei do pré-sal, caso eleito. A posição de
Serra não é novidade, considerando que o governo de Fernando Henrique
Cardoso, também do PSDB, tentou privatizar a Petrobrás. O ministro
Eduardo Braga, pelo que propõe, já foi cooptado. O povo brasileiro foi
para as ruas na campanha “O petróleo é nosso!”, na década de 40 e 50,
quando o petróleo era apenas um sonho. Será que hoje, quando o petróleo é
uma realidade, vamos entregá-lo? Vamos deixar que tornem o sonho de
nosso povo em pesadelo?



