28.2.15

LULA, CANDIDATÍSSIMO, TENTA MANTER DILMA COMO PRESIDENTE. 5 MILHÕES SEM EMPREGO E SEM SEGURO. JOSÉ EDUARDO CARDOZO, “QUE FASE”. TODOS OLHAM PARA RICARDO JANOT

HELIO FERNANDES - Via blog do autor - 

O desemprego vem aumentando, nada surpreendente. Sem investimento, com a indústria praticamente produzindo cada vez menos, o consumidor quase sem recursos, comprando muito menos, apenas o necessário ou indispensável, o comércio acompanha a indústria.

Com toda essa realidade, Dona Dilma se assusta mas não toma providencia. Se refugia na incompetência, só fala “em aumentar impostos”. Como cidadão já paga 36 por cento, individualmente, vão elevar ainda mais essa carga amaldiçoada? Para quanto, 40 por cento? É isso que chamam de “ajuste fiscal”?

Anteontem, jornalões, televisões, jornalistas “amestrados”, retumbaram em massa: “O desemprego subiu, agora é de 5,3”. Por que não traduzem esse percentagem, 5,3 de que total? Por que não colocam em números? É preciso traduzir de forma facilmente compreensível, para que todos entendam.

Esses 5,3 representam praticamente 5 milhões de desempregados. Que só tende aumentar, diminuiriam se houvesse investimento, desenvolvimento, em vez e desperdício. E mistificação, que durou os quatro primeiros anos e toda a campanha presidencial.

Com essa falta de trabalho preocupante, Dona Dilma criou medidas que complicam e dificultam o recebimento do salário-desemprego. Logo ela que adora se vangloriar, que palavra, de ser a campeã da concessão dos benefícios, sociais. Na certa não se preocupa, pode repetir: “Não disputarei mais nenhuma eleição”. 

Lula defende o mandato de Dilma 

Há dias, em matéria sobre a posição vulnerável de Dona Dilma e o aumento praticamente diário da sua impopularidade, mostrei a preocupação do ex-presidente. Escrevi: “Candidato a presidente dentro de 4 anos quando estará com 73 anos, quer Dona Dilma como presidente nessa última eleição dela”.

E conclui, sem um mínimo de dúvida: “Não que Lula precise do apoio de Dina Dilma. É que se ela não estiver no poder em 2018, é porque aconteceu alguma coisa com seu mandato. O presidente então será Temer ou Eduardo Cunha”. Não falei em impeachment, deixando bem claro que essa forma constitucional não pode ser planejada, geralmente obedece ou acontece casual ou circunstancialmente.

Agora, Lula entra em campo com a camisa do patrocinador, ele mesmo. Voltou aos tempos em que utilizava seu inegável charme para conquistar e enganar a todos. Agora os tempos são outros embora acredite que ele mesmo, continua se considerando avassalador.

O diálogo dele com Dona Dilma foi duro, não usou detalhes: “preciso que você fique no governo até o fim”. Não era necessário mais, ela, que cada vez só esconde atrás de qualquer coisa ou pessoa, entendeu.

Agora, no PT, no Instituto Lula, e nas pregações que vem fazendo nos mais diversos lugares. A palavra de ordem é esta: “Nenhum ataque a Dona Dilma, temos que defender o mandato dela, para o partido é indispensável”. Lógico que deliberadamente trocou a identificação pessoal pela partidária. Todos entenderam.

Foi ao Congresso, abraçou a todos. Para Renan, que detesta, um abraço apertado. Tendo como resposta dura, a cobrança por cargos (velada) e a afirmação, (ostensiva): “Não nos responsabilizaremos pela política econômica, não somos chamados para participar de coisa alguma”.

Agora, todos estão sabendo: Lula é candidato á sucessão dela, mas não quer alteração na hierarquia do poder. Antes, a partir de 2011, tudo se concentrava no que era falado de boca-em-boca: “Volta, Lula”. Agora a palavra de ordem, exigência: “Fica Dilma”. Só que não depende apenas dos dois. 

José Eduardo Cardozo 

Jô Soares, nos tempos badalados de humorista a favor (contradição) criou um bordão muito repetido: ”É a fase”. Agora pode ser aplicado ao Ministro da Justiça. Não acerta uma. Deputado federal, não se desincompatibilizou em junho de 2014. Dona Dilma disse para ele: ”Não saia, você vai para o Supremo como prometi”.

Agora, usa óculos bifocais com as lentes trocadas, olha para um lado como Ministro, age como se fosse um cidadão acima de qualquer suspeita. Recebeu escondida e de forma subterrânea, advogados dos ladrões das empreiteiras, como se elas roubassem não a Petrobras mas o pré-sal. Fingia que era a mesma coisa. Como a repercussão foi desastrosa para ele, não colocou o encontro na agenda, (o que é obrigatório), se confundiu todo, foi ficando cada vez pior. O que pretendiam os advogados? Que ele apoiasse e trabalhasse com o Advogado Geral da União, o notório Luiz Inacio Adams. (notório não é depreciativo, qualquer um que ocupa cargo igual ao dele é notório).

Queriam apenas trocar uma palavra. Em vez de INIDONEAS, as empreiteiras que assaltaram a Petrobras, queriam se beneficiar da LENIENCIA. O Ministro concordou, mas a opinião pública, (comunidade) não aceitará de jeito algum.

Ainda tentava “explicar”, surgiu nova confusão. Encontrou com representantes graduados das empreiteiras, foi flagrado pilotando na contramão. E sem habilitação a Porsch da Justiça. Veio a justificativa; “Encontro fortuito e por acaso”.

E finalmente, foto divulgadissima nas redes sociais, do Ministro conversando com o Procurador Geral da Justiça, ambos com as mãos na boca, para impedir até mesmo eventual “leitura labial”. Agora, José Eduardo Cardoso procura Ricardo Janot, para alertá-lo: “Você está sendo visado por ameaça de morte”.

É “a fase”, mas não apenas ela. Chama a atenção, o fato e a coincidência: Janot promete para segunda-feira, a revelação e a entrega de 30 nomes ao Supremo, de iniciados na lava-jato. Cardozo não se imagina mais no Supremo. 

A vaga de Joaquim, a ”PEC da bengala” 

Praticamente há sete meses dona Dilma não preenche a vaga do ex-presidente, que apareceu voluptuosamente em termos de publicidade, com o julgamento do mensalão. Dona Dilma tem a “certeza” de que os Ministros nomeados por ela, obedecem a ela.

Raciocínio primário, conclusão primarissima. Anteontem, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, criticaram duramente a presidente, pela demora em nomear o 11º Ministro do supremo. Essa demora de Dilma, é inconstitucional. Os Ministros são 11. Por vontade própria ela reduz para 10. E duas vezes, anteriores, com 10 ministros o resultado ficou 5 a 5, o que ameaça se repetir. (inclusive na votação da “ficha limpa”).

Agora, a presidente trabalha para que a “PEC da bengala”, não seja aprovada, em 4 anos do segundo mandato, nomearia cinco ministros. Não precisa ser muito inteligente ou informado para concluir: é um insulto ao Supremo. Com cinco ministros nomeados por ela, acredita que controlará o mais altoTribunal do país.